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A minha mãe é a segunda mais velha de 11 irmãos e o meu pai o mais velho de cinco. O meu Natal sempre teve mesas cheias de gente, recitais ...
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Olho para trás, um dia frio e luminoso atravessa-me a memória da infância. No passado distante houve, com certeza, dias de chuva, tempestades, céus de chumbo, ciclones inclementes, árvores derrubadas. ...
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Não há nada como chegar a casa depois de um dia de trabalho. Aquela hora que antecede a abertura da porta, com um cão em delírio aos saltos, tem os ...
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O Porto está cheio de restaurantes que servem conceitos antes de servirem comida. De há uns tempos para cá, sabemos o conceito antes de sabermos o que ali se come, ...
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Partilhamos tudo. Ou quase tudo. Porque a medida da nossa disponibilidade é sempre ambígua. Como deve ser ambígua qualquer relação com o hábito. Vamos recuar 15 anos. Imaginem-se num reduto ...
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É nos serões mais chuvosos que a lavandaria do meu bairro se enche de vizinhos carregados de sacos de roupa, alguma suja, a maior parte já lavada em máquinas domésticas ...
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“Ferrero Rocher. Satisfaz o desejo de requinte”. Tinha eu pouco mais de um ano quando a voz elegante com que todos lemos esta frase – que assinava o mais popular ...
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São tempos estranhos, estes. Por mais que, por vezes, se torne difícil descrever os dias de hoje, estranho é certamente um adjetivo plausível. Senão vejamos. Vivemos nos bolsos uns dos ...
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O meu pai é um conversador nato. Qualquer ocasião tem potencial para que um ou outro assunto venha ao de cima e o faça perder-se no tempo, em entusiástica exposição ...