No hotel AlmaLusa Alfama dorme-se num edifício histórico, em frente ao rio

O Alma Lusa Alfama encontra-se em pleno Campo das Cebolas, em frente ao Tejo. (Fotografia: DR)
Já presente na Praça do Município, em Lisboa, e na Comporta, o grupo AlmaLusa escolheu o sopé do bairro de Alfama para abrir um novo quatro estrelas boutique, recuperando um edifício secular. Para valorizar a experiência adicionou-lhe um Defina Café, com petiscos portugueses.

Quem sobe os curtos degraus da entrada do AlmaLusa Alfama está longe de imaginar o que a terra guarda debaixo dos seus pés. Cumprindo a probabilidade de encontrar vestígios sempre que se intervenciona numa zona antiga da cidade, as obras de recuperação do edifício deram luz sobre um troço de muralha tardo-romana com seis metros de largura e vestígios do que terá sido uma casa senhorial urbana com um pátio interior, típico das famílias romanas ricas. Tudo isto nas fundações de um prédio do século XII, reconstruído após o grande terramoto de 1755.

Quando passou para o grupo AlmaLusa, o edifício estava em mau estado de conservação. O desafio foi recuperar a sua coluna vertebral, preservando a escadaria original em madeira e as divisões, de forma a rentabilizar o espaço disponível, e mantiveram-se ainda alguns barrotes de madeira, no teto do Delfina Café, que divide espaço com a receção. A joia da coroa, porém, é o Arco das Portas do Mar, contínguo à entrada do hotel e que antes de ser um acesso pedonal ao bairro de Alfama foi uma das entradas na cidade, pela da muralha fernandina do século XII, e onde se comercializava sal.

(Fotografia: DR)

(Fotografia: DR)

O hotel, com apenas 25 quartos (dos quais três suítes), cultiva um ambiente informal e familiar, já que os hóspedes têm de passar pela receção para recolher as chaves físicas dos aposentos. A intensidade dos papéis de parede, com motivos tropicais, foi pensada de baixo para cima, em função da luz tão única de Lisboa, e em particular do brilho refletido pelo rio Tejo no Campo das Cebolas. E ainda que as áreas não sejam grandes, todos os quartos têm como decoração uma falsa lareira, debaixo da televisão. Já nas casas de banho há produtos de higiene da Benamôr.

Após o pequeno-almoço, o Delfina Café assume uma carta de refeições ligeiras pensadas para todas as horas, e que a partir desta primavera poderão ser apreciadas na esplanada em frente, aberta também aos passantes. As refeições mais estruturadas têm lugar no restaurante Delfina – Cantina Portuguesa do AlmaLusa Baixa-Chiado, a dez minutos a pé, cujo menu a chef Carla Sousa (ex Rio de Prata e Valverde Hotel) renovou. Lombo de atum grelhado com esmagada de batata-doce assada e arroz de garoupa e bivalves são duas das novidades desta temporada.

(Fotografia: DR)


AlmaLusa Alfama
Rua dos Bacalhoeiros, 16 (Alfama)
Tel.: 218 770 200
Web: almalusahotels.com
Quarto duplo a partir de 200 euros/noite, com pequeno-almoço.
Defina Café, das 11h às 22h30.
Preço médio do restaurante Delfina – Cantina Portuguesa (no hotel Baixa-Chiado), à carta, sem bebidas: 32 euros




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