Aveiro: Dois novos sítios onde dormir no centro da cidade

Têm localização privilegiada, são espaços criativos e modernos, mas que contam, nas suas paredes, a história da cidade e de quem por lá passou.

Um quarto, um tema

Cale do Oiro – O Cale do Oiro fica numa localização privilegiada, no centro da cidade, e leva os elementos que definem Aveiro para dentro dos quartos decorados com motivos que lembram a ria, a praia, o sal. Cada quarto está decorado com pinturas de moliceiros, flamingos, flor de sal, entre outros apontamentos. À entrada há uma luminosa sala de estar e a zona dos pequenos-almoços tem um ar moderno, com almofadas, azulejos, bancos e sofás. Pelos três pisos estão instalados 28 quartos e um pequeno jacuzzi. «Não é um hotel caro», diz Mário Santos, o proprietário. Simples e acessível no coração de Aveiro.

Um estaleiro criativo, uma casa de hóspedes

VIC Aveiro Arts House – Vasco Branco (VIC) tem a sua marca espalhada por Aveiro, com painéis de cerâmica em vários lugares. A casa onde viveu é agora uma espécie de museu e espaço de residências artísticas. Tem uma biblioteca com os seus livros e as suas câmaras de filmar, uma galeria com as suas obras e um cinema com 40 lugares – outrora clandestino e ponto de encontro de opositores à ditadura. E é também uma guesthouse com oito quartos dedicados a este artista, cineasta, pintor, escultor, escritor e ativista social.

O neto Hugo Branco travou a venda da casa, manteve todo o seu espólio e pediu tempo à família para concretizar um plano criativo. E assim surgiu o VIC Aveiro Arts House, uma pérola no centro da cidade com portas abertas para diversos eventos culturais, de concertos a sessões de cinema. «Este projeto serve fundamentalmente para reavivar a memória do meu avô e da sua obra», explica. Nesta casa dos anos 50, decorada à época, tropeça-se em arte, em fotografias de família, em quadros e cerâmicas de VIC, em molduras com os prémios que recebeu em festivais de cinema. Hugo, que trabalha com sons e palavras, envolvido em arte sonora, transformou-a num laboratório criativo, onde se cruza gente de várias partes do mundo.

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