A refeição ideal #10: no Avenida SushiCafé, Lisboa

Todas as semanas, a Evasões sugere uma refeição. A desta semana pode ser apreciada no Avenida SushiCafé, a cargo de Daniel Rente, em Lisboa

Os restaurantes japoneses de fusão em Portugal são anteriores ao aparecimento do Grupo SushiCafé, mas ele tem sido, seguramente, um dos grandes responsáveis pela sua difusão e por elevar o padrão de exigência — por parte de quem presta o serviço e também de quem o procura. O que não é, convenhamos, de subestimar: afinal, a cozinha japonesa pura e dura não é para todos, sendo importante que haja unidades intermédias, com qualidade e consistência, que prestem esse papel quase didático. É, sem dúvida alguma, esse o seu grande trunfo, a que se soma ainda um custo médio muito razoável.

Com vários espaços espalhados pela capital, das Amoreiras à Barata Salgueiro (à Avenida), passando por corners no Colombo e no Mercado da Ribeira, a marca SushiCafé, atenta ao modelo de sucesso implantado pela rede internacional de restaurante Nobu, criado pelo chef japonês Nobuyuki Matsuhisa em parceria com o ator Robert De Niro, tem vindo a dar margem criativa a Daniel Rente, chef executivo de toda a rede, para, sem defraudar uma clientela leal, experimentar novas abordagens. O espaço para o fazer com maior liberdade é, por excelência, a unidade Avenida SushiCafé, que passou agora a contar com uma nova carta pensada não só para fazer essa distinção mas também «para proporcionar uma experiência gastronómica ainda mais profunda e abrangente em torno da gastronomia japonesa tradicional», esclarece o chef.

Numa época em que aumenta a consciência daquilo que se come, a sua equipa apostou numa maior variedade de proteínas do mar, em reforçar o sabor e em aprimorar as texturas — importantes em partes iguais para o sucesso de uma refeição. Curiosos em ver como tudo isto passa da teoria à pratica, a nossa sugestão recai no menu de degustação, pensado para duas pessoas (65 euros por cabeça), que arranca com o Himalayan salt rock sashimi (chutoro, um corte da barriga do atum, com cebola carameliza, kizami wasabi e maracujá sobre pedra de sal rosa dos Himalaias). Segue-se o wagyu truffle (um tataki de vazia de wagyu com trufa e tempura de shimeji, que é um cogumelo) e mais alguns combinados de sashimi e maki, mas a refeição ganha um novo pico alto quando chega à mesa o tuna foie (um gunkan de atum com foie gras e cebola roxa caramelizada), que se come de uma dentada só.

No nosso caso, fizemos um pouco de batota e, em vez só do black cod previsto no seguimento, pedimos também o kuro ceviche (ceviche de peixes variados, puré negro de batata doce, chips de arroz e ikura, que é como quem diz ovas de peixe) e ainda o mille-feuilles tuna tartar (tártaro de atum em mil folhas de pergamena com kimchi, ou seja vegetais fermentados), outro campeão. Para terminar em beleza, o matchamitsu, um tiramisu de chá verde, ganhou-nos pela boca e pelo estômago.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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