Aqui dorme-se entre árvores, duas piscinas e galinhas

Na Quinta do Pomar Maior, em Arouca, há casas e quartos construídos de forma sustentável, com respeito pelas especificidades da região. E ainda duzentas árvores de fruto, patos, galinhas e outros animais.

Perto de duzentas árvores de fruto, duas piscinas, jardins, galinhas, patos e uma gata chamada Flor. Estes são só alguns dos atrativos da Quinta do Pomar Maior, uma unidade de agroturismo em Santa Eulália, a poucos quilómetros da vila de Arouca, com várias opções de dormida rente à natureza.

A escolha faz-se entre duas casas T4 (a Casa do Mosteiro e a Casa Museu), dois apartamentos T1 (a Casa da Freita e a das Trilobites) e dois quartos duplos (Pedras Parideiras e Mizarela). Mesmo a receção chama-se Radar Meteorológico, porque há forte ligação com o território em que se encontra: o Arouca Geopark, Património Geológico da Humanidade reconhecido pela UNESCO, correspondente aos limites administrativos do concelho.

Tudo começou quando Alberto Leal, de São João da Madeira, decidiu construir uma residência de família em Arouca, terra que o apaixonava. Primeiro surgiu a Casa do Mosteiro, que esteve acessível através da plataforma Airbnb. Em 2015, a decisão foi parar e profissionalizar o projeto, que junta Alberto e a filha, Vânia. Isso implicou a criação de outras unidades de alojamento, entre elas, a Casa da Freita, suspensa num monte, entre dois sobreiros. A face atual da Quinta do Pomar Maior (nascida, em grande parte, da recuperação de ruínas) tem praticamente ano e meio.

O projeto foi entregue ao arquiteto Paulo Moreira, com o objetivo de integrar as casas na natureza e fazer uma construção sustentável e com respeito pelos materiais da região, explica Vânia Leal. O quarto Pedras Parideiras, por exemplo, tem a cabeceira da cama em vidro, com vista para um monte com rochas de granito. Usou-se cortiça, madeira e aço. Paredes e tetos foram ajardinados com espécies autóctones da região, o que ajuda a manter o isolamento.

Procurou-se ainda recriar em cada espaço um microambiente com espécies próprias do lugar que lhe dá o nome. Junto à Casa da Freita estão a carqueja, o carvalho-negral ou o castanheiro, existentes na serra da Freita. E ao quarto Mizarela foram associados o amieiro, a queiró e uma pequena cascata (em alusão à cascata da Frecha da Mizarela), além de um charco com sapos e tritões, que andam, de noite, a comer os insetos e pragas de pomar. Na Quinta do Pomar Maior não se usa pesticidas nem fertilizantes, garante Vânia, que também pôs o seu toque na decoração. «Fiz como se fosse para a minha casa», conta, a fazer-nos sentir que esta é também a nossa.

Da terra
Os frutos do pequeno-almoço vêm do pomar da quinta, que dá framboesas, mirtilos, maçãs, figos, ameixas, cerejas, morangos e mais. E a horta está ao dispor de quem quiser cozinhar.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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