Estas são as novas francesinhas do Porto

Percorrer a fotogaleria para conhecer as francesinhas mais recentes do Porto.

Na foto: Francesinha do Pherrugem

(Fotografia: Cristiana Milhão/Global Imagens)

1. Sete Banhos

De muitos pães e muitos recheios se fazem as sanduíches do Sete Banhos, um espaço que abriu este ano no Aviz, pelas mãos de Nuno Lopes, e que tem como mascote um gato de fato de banho. Gato este que se chama "Popey", vive com Nuno e é bem real. Já Tiago Dias, que trabalhou durante cinco anos na Cervejaria Cufra, tratou de criar a ementa, onde há pão de espinafre e beterraba, e recheios como presunto ou puré de grão-de-bico, pesto e legumes assados. E quem não ficou de fora foi a francesinha, que aqui custa 7,75 euros, e surge em pão de forma, com fiambre, afiambrado, mortadela, salsicha e linguiça, mas sem o bife de vaca. Para compensar a falta, o molho está cheio de segredos, diz Tiago.

(Fotografia: Adelino Meireles/Global Imagens)

2. Casanova

Uma das especialidades deste restaurante no Marquês é a francesinha, que José Manuel, o responsável pela cozinha, recheia com fiambre, fiambrino, bife de vaca e «linguiça da Salsicharia Leandro». É, claro, coberta com queijo e o molho tanto pode ser pedido com ou sem picante, ficando por 6 euros. Curiosamente, muitos dos clientes que o Casanova recebe chegam por causa da francesinha vegana, que custa 8 euros, com batatas fritas aos palitos, criada com a ajuda da Aliança Animal, e que tenta reproduzir o sabor e as texturas da tradicional. O resultado é tão satisfatório que, conta José, «até já me abraçaram de felicidade». O segredo está no seitan temperado e cortado em fatias finas. Salsicha, chouriço picante e chourição vegetarianos juntam-se também entre as duas fatias de pão, que são depois cobertas com queijo vegetal. O molho picante à base de tomate, e sem qualquer vestígio de carne, «deu muito trabalho» até chegar ao ponto pretendido, confessa. Também sem proteína animal há pregos no pão e no prato.

(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

3. Boavista House

A francesinha da Boavista House tem um ingrediente africano secreto, conta a responsável, Carla Pinto, adiantando, sem desvendar, que mesmo a confeção do molho é diferente da tradicional portuense. O resultado, diz-lhe quem prova, é uma maior leveza. A sanduíche, que inclui bife, salsicha fresca, linguiça fresca, fiambre e queijo, é servida, com ovo, a troco de 9,50 euros, e, por mais 2 euros, acrescenta-se batata frita. O encontro entre Portugal e África é a marca deste restaurante, que propõe pratos cabo-verdianos e moçambicanos ao sábado, e, de resto, pratos portugueses com um toque «diferenciador». Procura-se «levar o cliente a fazer uma viagem pelos sabores de Cabo Verde e Moçambique», com a possibilidade, também, de ficar em território luso. Ou algures no meio, no caso da francesinha.

(Fotografia: André Rolo/Global Imagens)

4. Lhau! Lhau! Maria!

A francesinha do Lhau! Lhau! Maria! é uma das mais inusitadas da cidade, isto porque a ocupar o lugar do bife está... bacalhau. Rabo, barbatana ou sames, ou seja, as partes menos nobres do peixe são, neste restaurante que lhe é totalmente dedicado, usadas juntamente com salsicha, linguiça e chouriço, para rechear as duas fatias de pão de forma. Mas há mais surpresas. O molho, tradicionalmente, com uma coloração avermelhada, é servido branco. Retirou-se o tomate da receita, e às bebidas alcoólicas adicionou-se a água de cozer o bacalhau, resultando num aveludado de cor clara, que se verte por cima do queijo e, quem quiser, também por cima das batatas fritas com casca. Uma das dificuldades ao criar esta francesinha, que custa 9,50 euros, foi equilibrar o rácio entre enchidos e bacalhau, para que nenhum dos sabores se sobrepusesse ao outro, conta Marta Castelo Branco, proprietária do espaço, juntamente com o marido, Daniel. Apesar de a receita poder gerar algumas dúvidas, é para ser pedida sem medo. «Sempre que as pessoas arriscam, o feedback é positivo», garante Marta.

(Fotografia: Adelino Meireles/Global Imagens)

5. Tabafeira

As propostas da Tabafeira têm como ingrediente-base a alheira, e a francesinha não é exceção. Além daquele enchido tradicional (de Mirandela, como o pão), a sanduíche integra linguiça e salsicha frescas, deixando de fora o bife. Mesmo o molho, de receita própria, foi «desenvolvido a pensar no sabor da alheira», explica o chef André Azevedo, proprietário do restaurante, a par com a mulher, Clara Teixeira. A francesinha custa 9,50 euros, tendo o ovo um custo acrescido de 1 euro e as batatas fritas, caseiras, de 3 euros. Dos pratos novos da mais recente carta, introduzida em abril, a francesinha «deve ser dos mais requisitados, e muita gente volta para repetir». Agora é possível saboreá-la tanto na primeira morada como num segundo espaço, acabado de inaugurar, no número 41 da Rua Amândio Galhano.

(Fotografia: DR)

6. Pherrugem

No renovado Pherrugem há bebidas e rock’n’roll, como antes do incêndio que o obrigou a fechar portas, há praticamente um ano; mas também petiscos e «a francesinha original, que é com pão bijou e não com pão de forma», sublinha Pedro Santos, um dos sócios do agora gastrobar. A haver segredo, está no molho. A sanduíche é feita com bife, linguiça fumada, salsicha, fiambre e queijo. Tem «poucos ingredientes», para não ser demasiado pesada, e custa 8 euros, assim como a versão alternativa, que troca a carne pelos cogumelos pleurotus grelhados. Por mais um euro, pode-se juntar-lhe ovo e as batatas fritas também são pagas à parte – as habituais, em forma de palito, valem 1,50 euros e as Pherrugem, rústicas, com casca, 2 euros. A lista permite ainda outras combinações. «Se se quiser, até se pode acompanhar com calamares.»

(Fotografia: Cristiana Milhão/Global Imagens)

7. O Porto dos Gatos

O Porto dos Gatos é um cat café e restaurante cem por cento vegetariano, pelo que a francesinha, como toda a oferta, dispensa quaisquer ingredientes de origem animal. A noite de sábado é reservada para as francesinhas veganas, duas, com nomes de raças de gatos, explica Fátima Meireles, uma das sócias: a «Sphynx» contém queijo vegetal, salsicha vegetal, beringela, cogumelos e pimento, e custa 10 euros, batata frita caseira incluída; já a «Europeu Comum» engloba, além do queijo e da salsicha, bife de seitan, chouriço picante (vegano) e pimento, e custa 11 euros, também com batata frita. Outra possibilidade é o cachorro especial, com o molho da francesinha, se bem que as estrelas da casa são os gatos, todos resgatados e à procura de novos lares, mediante adoção responsável.

(Fotografia: Amin Chaar/Global Imagens)

8. Luso

No ano passado, o Café Luso decidiu relançar a francesinha, um dos pratos que deu fama à casa durante muitos anos, antes de fechar e reabrir renovada em 2010. O Luso quis agora inovar de mãos dadas com a tradição e convidou o historiador portuense Júlio Couto para o feito. Foi ele que nos idos anos 1950 batizou a sanduíche improvável criada por Daniel Silva na Regaleira. Agora, é servida como a original, em pão biju, mas, ao contrário da original, juntou-lhe bife de lombo de boi. O molho é picante, como antigamente (desde 9,30 euros).

(Fotografia: Rui Oliveira/Global Imagens)

9. Letraria - Craft Beer Garden Porto

Depois do seu brewpub em Vila Verde, aberto em 2015, a cerveja Letra instalou no Porto um «beer garden», um gastrobar com jardim onde se pode beber todas as referências da marca e outras cervejas artesanais. Com a entrada do chef Artur Rodrigues para a equipa, reforçou-se a lista de petiscos. A francesinha, que entrou para a carta há poucos meses, foi pensada para não «destoar do conceito», diz o chef. O molho é à moda de Braga, ou seja, mais adocicado e menos picante do que o do Porto. «Andámos um mês e meio a fazer investigação e experiências, a procurar receitas, a ir a Braga experimentar as francesinhas de sítios como a Taberna Belga e Real Taberna.» A base do molho é a Letra D, a pilsner da marca. Os maltes desta cerveja leve imprimem a doçura ao molho (o resto é segredo). O recheio também vem todo de produtores de Vila Verde: a carne para o bife, a salsicha fresca e a linguiça e o bacon.

(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)