Porto: quatro bares para beber whisky

Escoceses, irlandeses, americanos, japoneses e mesmo indianos. Muitos e variados são os whiskies para beber em vários espaços do Porto. Ficam aqui quatro sugestões.

O armário de uma paixão e um «bacon para veganos»

As 7 Maravilhas abriu há cinco anos com a intenção principal de servir comida e cervejas do Mundo. Há coisa de três anos, Thomas Gawrisch começou a rechear com a sua paixão o armário na parede de fundo da primeira sala do espaço: uma seleção de muitos whiskies, quarenta single malt, mais alguns irlandeses, bourbons e americanos do Tennessee. Faltam japoneses, «toda a gente fala deles, mas ainda não cheguei lá, porque a minha especialidade são os escoceses single malt», admite. Nos escoceses, a grande diferença é entre os single malt e os blended. Estes últimos são misturas de whisky de várias destilarias. Um single malt tem também um blend (mistura), mas de uma destilaria só. «Há um certo perfil por região. Os produzidos nas Lowlands são mais leves, os Highlands já mais complexos, mais fortes, e os da ilha de Islay, a minha região favorita, são mais fumados, pois utilizam a turfa durante o processo de secagem da cevada». Prove-se, por exemplo, o Ardbeg, que, brinca Thomas, é «bacon para veganos».

Uma sala dedicada ao whisky

O Bonaparte Downtown abriu há três anos como extensão na Baixa do clássico pub da Foz fundado nos anos 1970. E no segundo andar, que era usado como armazém, decidiram abrir uma sala dedicada ao whisky. «A parte de baixo funciona como pub para beber cervejas. Tentámos ter dois conceitos diferentes para públicos diferentes dentro do mesmo espaço», conta Sérgio Pereira, chefe de bar. Nesta sala, patrocinada pela Johnny Walker, não se trabalha com as mesmas bebidas do primeiro andar, pois o nível qualitativo é mais alto. Aqui, os whiskies são premium, «com marcas menos conhecidas do público», cerca de 20 referências. Nos single malt há o mais conhecido Cardhu ou o Lagavulin 16 anos, um whisky fumado, típico da ilha de Islay. Trabalham também com os japoneses Nikka, o From the Barrel e o Taketsuru, este em homenagem ao fundador da marca mais famosa do país. Irlandeses e americanos, também há.

Sem carta, para conhecer novos whiskies

André Oliveira alerta, «no Pinguim não temos carta de whisky». Mas há muitas referências para quem quer entrar neste universo vasto, e que vão sempre rodando. É também um bom sítio para quem gosta de histórias ligadas à bebida. Peça-se, por exemplo, um Flaming Pig, whiskey irlandês que se inspira num acontecimento do século XVIII, quando uma destilaria de Dublin pegou fogo. A destilaria e tudo à volta, incluindo pocilgas. A população foi, assim, «avisada» quando viu um porco em chamas. Pelo menos, é o que conta o mito. «Uma série de amigos arranjaram a receita do whiskey e em memória do evento deram-lhe o nome Flaming Pig. É um tradicional irish (tripla destilação) «mas tem estágio em barricas de bourbon que foram queimadas por dentro, sendo mais fumado do que um irlandês típico», diz André. O escocês, por norma, é sempre muito mais forte do que um irlandês, «com um punch de álcool e madeira», mas há exceções, como o Tomintoul, produzido em Speyside, de onde saem os whiskies mais suaves da Escócia. No Pinguim também se pode beber Amrut, o primeiro single malt produzido na Índia, que lembra um escocês mais forte.

Viagem pela Escócia

Uma das memórias que vem à cabeça de Mickey McConnell da viagem que fez à Escócia foi «tropeçar» em Oban. «É uma pequena vila piscatória na costa oeste. Entrámos num pub, pedimos whisky local e aí descobrimos a destilaria Oban.» Foi o momento alto de uma «viagem maravilhosa», conta Mickey, um dos responsáveis pelo Terraplana, bar conhecido pelos cocktails e cervejas artesanais, mas que não descura a qualidade nas outras ofertas, whisky incluído. Há um pouco de tudo, desde logo bourbons – não fossem Mickey e Marina, sua sócia, norte-americanos -, Buffalo Trace e Bulleit são exemplo. Aberfeldy e Laphroaig são alguns dos escoceses e nos irlandeses destacam-se Roe & Co. e Flaming Pig, não faltando também os japoneses Nikka From the Barrel e Hibiki. Todas as semanas, há um cocktail especial, que não está na carta. Até à próxima quarta, dia 20, pode experimentar-se o Horse’s Neck (With A Kick). Nascido no fim do século XIX como um cocktail sem álcool – ginger ale, gelo e casca de limão -, começou, a partir de 1910, a levar bourbon ou brandy. Este tem bourbon.

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