A carta do Passeite desafia a experimentar o poder do azeite, até em sobremesas como carpaccio de fruta: abacaxi cortado em fatias finíssimas, com azeite e pimenta rosa. «Todos os pratos têm ligação ao azeite; não há manteiga nem óleo vegetal na cozinha», conta Guilherme Passos, que em maio abriu este restaurante temático com a mulher, Marije van den Boogaard.
O casal, que residia na Holanda, quis mudar de país, à procura de uma vida mais calma, e tudo se conjugou. Afinal, a família dele tinha experiência na restauração e oliveiras para cuidar, perto de Coimbra, e havia gosto pela agricultura. Tanto a mãe como a mulher de Guilherme são holandesas, influência que se sente, por exemplo, na introdução de mousse de maçã em pratos como porco preto grelhado ou asas de frango piripiri.
A ideia é ter propostas saudáveis e menos comuns. Se a opção for petiscar, há sempre a tiborna do dia, ou seja, um conjunto de bruschette que podem juntar chouriço com queijo apimentado e caviar de azeite ou queijo de cabra com azeitonas bêbedas. A ementa, baseada em produtos frescos, apresenta ainda sugestões como a sandes Galega, de bacalhau, que vai buscar inspiração à cozinha do Suriname.
O Passeite (junção de Passos e azeite) trabalha com azeites extravirgens de todo o país, incluindo o de marca própria, produzido em Condeixa-a-Nova, perto de Coimbra. O tema do restaurante não escapa nem aos mais distraídos: existe uma oliveira à porta, e lá dentro serve-se desde azeitonas mistas quentes até chá de folhas de oliveira. Mesmo as toalhas são feitas a partir da rede usada na apanha da azeitona.
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