Novo chef e nova carta no Duplex junto ao Cais do Sodré

O chef Alberto Oliveira assina as novas propostas deste restaurante com forte influência oriental, mas viajando também por paragens daqui da Europa.

O segundo aniversário estava ao virar da esquina, quando o Duplex fechou as portas em janeiro passado. Voltaria a abrir três semanas depois, precisamente para comemorar esses dois anos. Quem era frequentador do restaurante-bar da «rua cor-de-rosa» – que funcionava mais como club no piso inferior – há de notar logo as diferenças à entrada. A pista de dança saiu de cena para dar lugar a mesas compridas e as cortinas pretas foram substituídas por portas envidraçadas, a abrir nas noites de verão.

Mas o Duplex ganhou também vida no piso superior, onde fica a sala de jantares. Além da obra de Bordalo II que retrata o Cais do Sodré, há agora uma espécie de jardim no teto, dezenas de cestos com plantas que vieram vestir o espaço de cor. Uma das apostas na decoração para tornar a sala mais descontraída, mas na mesa não se perdeu o rigor, com uma nova cara na liderança. Alberto Oliveira assumiu o posto de chef executivo desde a saída de Nuno Bergonse, em novembro.

Um autodidata nascido em Florianópolis, Brasil, Alberto está em terras lusas há dez anos. Estreou-se na cozinha japonesa, passou pelo restaurante Pedro e o Lobo e pelo Ministerium (do grupo detentor do Duplex), antes de saltar para a Rua Nova do Carvalho, mas não perdeu a influência oriental. Encontramo-la na forma de três dim sum, uma das suas sugestões para entradas, tal como nos dois ramen que agora figuram no menu.

De resto, gosta de trabalhar com comida que leve o visitante para outras paragens e memórias. A infância, por exemplo, faz-se recordar através das petazetas que fazem estalar a língua à sobremesa (com avelã e chocolate à mistura) ou das papas de milho que acompanham o polvo com mexilhão. De viagens, França é lembrada com as batatas roxas vitelotte do bacalhau, Itália pelos ravioli e risotos, a Catalunha com o molho romesco das vieiras.

Quem quiser ir mais além – e descobrir detalhes de monta como o de o processo de confeção da perna de pato levar três dias – tem na cozinha duas mesas especiais. Uma para duas, a outra para quatro pessoas, ambas com vista para a rua, mas também para o balcão da cozinha, onde Alberto e a sua brigada preparam os pratos. A proximidade com quem está do outro lado do balcão faz-se à medida que o cliente quiser, mas o serviço, esse, não perde em nada para o do salão principal. Os pratos chegam imediatamente à mesa, acabados de preparar e Ivan Cabral, o escanção, continua a surgir pela porta da cozinha para aconselhar vinhos nacionais e trocar ideias. Vale a pena brindar a (pequenas) mudanças como esta.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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