Casa da Clara: cozinha de homenagem familiar no Douro

A Quinta de la Rosa, produtora de vinhos de mesa e do Porto, acrescentou ao seu enoturismo um restaurante de homenagem ao legado da inglesa Claire Feuerheerd.

O novo restaurante chama-se Cozinha da Clara por causa de Claire Feurtheerd, que recebeu a Quinta de la Rosa, situada na margem direita do Douro, junto a Pinhão, como presente de batismo em 1906. Mulher à frente do seu tempo, foi das primeiras a decidir viver na companhia dos seus cães aqui, em pleno Alto Douro Vinhateiro, numa época (décadas de 1950-60) em que poucas ou nenhumas famílias produtoras de vinhos o faziam devido à falta de conforto e de comodidades.

Com a cumplicidade da sua cozinheira, Maria da Conceição, ocupava boa parte do seu tempo livre a reinterpretar receitas dos grandes mestres. Sophia Bergqvist, atual proprietária, nunca esqueceu a avó. Nem os seus cozinhados. Apesar de não haver registo escrito dessas receitas, Sophia não se deu por vencida e não descansou até criar na quinta um restaurante que fizesse jus à memória de Claire. A par da produção de vinhos de mesa, do Porto, de azeite e de vinagre, a Quinta de la Rosa, com 55 hectares, abriu-se ao enoturismo nos anos 1980, dispondo de 12 quartos, quatro suites, adega, sala de provas e loja.

Faltava só o restaurante, um projeto do arquiteto Belém Lima, amigo de longa data, que, no lugar de um antigo armazém, moldou, em madeira e xisto, um espaço contemporâneo com capacidade para 50 pessoas no interior e outras 20 na esplanada sobre o rio. O logótipo foi feito a partir da caligrafia de Claire, tal como aparece nas cartas de amor achadas pela neta.

Encontrar um cozinheiro não foi tarefa fácil, mas a escolha acabou por recair em Pedro Cardoso, natural de Armamar e ex-Aquapura (Six Senses Douro Valley), encarregue de criar uma carta de raiz portuguesa onde faça sentido vir a encaixar pratos inspirados no receituário de Claire.

 

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