Coimbra: esta casa de hóspedes é uma lição de bem receber

Sala onde são servidos os pequenos-almoços. Fotografia: Maria João Gala/GI
A República Guest House fica num edifício que acolhe estudantes há cerca de 50 anos, frente à Associação Académica e perto da Universidade. Aqui há muito de casa, a começar pelo pequeno-almoço, preparado na hora, com produtos frescos e da região.

A atenção aos pormenores é uma marca da República Guest House, a casa de hóspedes que Graça Carvalho, o marido, João Neto, e a irmã deste, Margarida Neto, abriram, recentemente, junto à Praça da República, em Coimbra. «Isto tem de ser feito na primeira pessoa», diz Graça, enquanto prepara o pequeno-almoço para os hóspedes saborearem na mesa comunitária, escolhida propositadamente para estimular o convívio entre pessoas de origens distintas. Os ovos e o sumo de laranja são feitos na hora, há bolo caseiro fresco e procura-se privilegiar os produtos portugueses, de preferência, regionais.

A primeira refeição do dia inclui bolo caseiro.
Fotografia: Maria João Gala/GI

A República Guest House ocupa o rés-do-chão e a cave de um edifício que acolhe estudantes universitários nos pisos superiores há cerca de 50 anos, e onde viveram também os pais de João. A arte de bem receber há muito se vem treinando nesta casa em frente à Associação Académica de Coimbra, a curta distância da Universidade – classificada como Património da Humanidade pela UNESCO – e de outros outros lugares emblemáticos, como o Jardim Botânico.

O espaço, inaugurado no dia 1 de abril, sofreu obras de renovação durante um ano, para melhorar aspetos relacionados com o conforto e o isolamento, sem lhe alterar a traça. A escolha faz-se entre cinco quartos duplos, com casa de banho privativa e ar condicionado, dois deles com cama extra. Todos têm nomes ligados à cidade: Boémia, Mondego, Saudade, Tricana e Trovador – em homenagem a Zeca Afonso («Em cada esquina um amigo», lê-se.)

A casa está decorada com peças de mobiliário de família e outros objetos reutilizados.
Fotografia: Maria João Gala/GI

A decoração esteve a cargo da U Shabby Chic, que se ocupa da transformação de mobiliário e peças de decoração, do restauro à pintura, e faz projetos chave-na-mão. Muitos dos móveis eram de família; apenas ganharam novas cores, formas e funções, explica Teresa Ferreira, que abraçou a missão de reaproveitar objetos adaptando-os ao novo contexto e contando uma história.

Ali se encontra, por exemplo, uma mesinha de cabeceira cortada em duas, uma cómoda que já serviu para guardar ferramentas ou uma cabeceira de cama feita com portas de guarda-fatos.

Há ainda um corredor animado por um louceiro amarelo, candeeiros feitos com livros e um coração composto por imagens de Coimbra antiga e atual, para dar a conhecer a história da cidade e sítios a visitar. «Partilhamos tradições» é a frase que o acompanha, e para saber mais basta perguntar aos proprietários, que neste lugar cultiva-se a proximidade.

O objetivo último é fazer com que quem está de passagem se sinta em casa e saia dali com uma boa recordação: à entrada, há um cenário para tirar fotografias (photo spot), com direito a capas negras e pasta académica. Nota-se o cuidado com os detalhes até na hora da despedida.

O canto onde se posa para a fotografia.
Fotografia: Maria João Gala/GI

Pátio com aromáticas

No pátio das traseiras há um cantinho das aromáticas ao dispor dos hóspedes, que podem usar a cozinha depois do meio-dia, para não interferir com o serviço de pequenos-almoços.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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