Vale Meão: A quinta onde nasceu o Barca Velha já pode ser visitada

Quinta de Vale Meão (Fotografia: Artur Machado/GI)
No ano em que completa duas décadas de produção própria, a Quinta do Vale Meão abre portas aos visitantes, para dar a conhecer uma das mais emblemáticas propriedades do Douro, berço de um vinho também ele icónico.

Foi a última propriedade adquirida e construída de raiz por D. Antónia Adelaide Ferreira – Ferreirinha, como é conhecida -, no final do século XIX, e não escapou à crítica e ao ceticismo de quem não via propósito num pedaço de terra virgem em pleno Douro Superior.

São 300 hectares de terra instalados numa península abraçada pelo rio, que além de oferecer paisagens únicas – que incluem um vislumbre do lado mais selvagem do Douro -, permitem também ter uma variedade geológica que imprime originalidade aos vinhos ali produzidos, provenientes de vinhas de planície e de montanha, plantadas em solos de xisto, granito e até aluvião.

 

Fez este ano duas décadas que a quinta – desde sempre na posse dos descendentes da Ferreirinha – se despegou da empresa, para passar em exclusivo para as mãos de Francisco Javier de Olazabal, trineto da emblemática empresária, e dos seus três filhos, Luísa, Jaime e Francisco, o enólogo responsável pelos vinhos da casa.

Desde o início do ano, é Jaime quem recebe os visitantes que ali chegam e dá a conhecer o legado do Vale Meão. Uma das primeiras paragens da visita é a mítica vinha do Barca Velha, o talhão de onde provinha parte das uvas usadas no blend de um dos vinhos mais emblemáticos da história do Douro vinhateiro, e que nasceu ali mesmo, em 1952 pela mão visionária de João Nicolau de Almeida – o avô materno de Jaime e dos irmãos.

 

«Os vinhos de qualidade do Douro nasceram com o Barca velha e temos muito orgulho nisso», admite Jaime. Ao lado da vinha, na antiga adega onde antes estava o famoso vinho, envelhecem agora os vinhos do Porto da quinta.

 

O percurso passa ainda pela capela do Senhor do Monte, no topo da colina, e a Adega dos Novos, construída em 1894, onde está agora instalada a sala de provas. Pelo caminho avistam-se vinhas de um e de outro lado, em talhões de uma só casta. «Aqui no Douro Superior os solos são mais pobres, a produção é baixa, mas normalmente esses baixos rendimentos resultam em vinhos melhores», lança Jaime. A história comprova.

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Mapa da ficha ténica
Morada
Vila Nova de Foz Côa (perto de Pocinho)
Telefone
279762156
Custo
() Visitas a partir de 25 euros (por marcação)


GPS
Latitude : 41.1537
Longitude : -7.120400000000018

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