Os dias dos leitores: Susana Ribeiro para lá das viagens

Jornalista de viagens, Susana Ribeiro passa boa parte do ano fora de casa. O mundo era o seu lar, mas desde há umas semanas que está em confinamento, na sua casa no Porto.

No seu site Viaje Comigo, Susana partilha guias de viagem para que os seus leitores as possam fazer de forma independente e foi durante uma delas que tudo mudou. “Estava no Chile quando fecharam as fronteiras. Foi muito rápido. Era para ficar lá três semanas, mas tive de vir embora no fim da primeira”. Uma “aventura” que acabou por relatar no site.

Por estes dias, não fosse a pandemia, estaria em Marrocos a guiar uma visita com os seus leitores, viagens em grupo que organiza esporadicamente mas que este ano estava a apostar com força. “Tinha oito tours programadas e ainda tenho esperança de poder realizar algumas no segundo semestre”, diz. Tanzânia, Tailândia e Quénia seriam alguns dos destinos.

Agora em casa, não tem uma rotina especialmente diferente de quando não viaja. “Há 10 anos que sou freelancer e há nove que trabalho em casa. Faço o que costumo fazer. Estou a atualizar o site, que mudou um pouco. Escrevo agora sobre coisas que vou achando essenciais para mim e que podem dar jeito aos outros. O que é diferente é que não posso planear nada”.

De resto, evita entupir-se com notícias, consultando os jornais online apenas duas vezes por dia. Tem tido mais tempo para ler e tenta manter-se otimista. Agora, “é um dia de cada vez, não há planos a longo prazo”.

O que nunca tinha feito

Dar aulas “online” de escrita

Susana quer ajudar as pessoas a conseguirem transmitir na escrita o que estão a sentir, o que pode ajudá-las a viver melhor. “Era uma coisa que nunca tinha pensado fazer, criar um método para tentar ensinar de forma prática. Estou a descobrir como posso chegar às pessoas. Todos podemos ser professores e alunos uns dos outros, pois todos temos coisas a ensinar”.

A ler

Na Índia

“Ando a ler mais, é um facto”, conta Susana, que às vezes não quer saber de nada e passa o dia a ler. Recentemente, pegou no livro “Na Índia”, de Albert Londres. É um livro pequeno, um conjunto de crónicas que repórter francês escreveu quando por lá andou, em 1922. “Ele é muito irónico nas observações que faz e ajuda a compreender melhor o país”.

Exercício

Ioga e meditação

Começou a dar utilidade à bicicleta estática que “tinha ali parada, quase como se fosse um objeto de arte”, ri-se. Dia sim, dia não, também faz ioga. “Uma amiga minha está a tirar o curso e começou a dar aulas online, com meditação no fim. Somos um pequeno grupo. Parecendo que não, é ótimo, principalmente para quem vive sozinho, é uma forma de comunicarmos”.

A cozinhar

Pão

Como já muitos portugueses, Susana decidiu fazer pão. “Só me saiu bem à terceira, os primeiros dois pareciam armas de arremesso”, ri-se. A receita era do “pão de mía”, da personalidade da culinária Filipa Gomes. “Parece tão fácil feito por ela. Só que ficou muito duro, pois houve uma corrida ao fermento e eu não tinha o fermento específico para fazer”. Depois, lá conseguiu arranjar e à terceira foi de vez.

A ver

Vídeos no Tik Tok

Susana anda-se a divertir no Tik Tok, uma rede social que permite fazer e editar vídeos e é “para quem já se fartou do Facebook e do algoritmo do Instagram”, diz. Antes, conta, “era mais feita por miúdos, mas agora tem gente de todas as idades. É para pura bazófia e para nos rirmos. A rede tem puxado a criatividade de todas as idades. É muito divertido.




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