Lully 1661, a nova padaria e pastelaria “punk-barroca” de Lisboa

A Lully 1661 é uma padaria/pastelaia artesanal inspirada em Jean-Baptiste Lully, compositor de origem italiana que se tornou francês. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
Já com loja e produção no Beato, dois amigos franceses abriram recentemente no bairro dos Anjos a segunda loja da Lully 1661, uma padaria/pastelaria com estética “punk-barroca”, que se propõe inovar a oferta típica francesa.

Tal como os conjuntos de violinos dirigidos por Jean-Baptiste Lully na corte de Luís XIV, a Lully 1661 parece estar bem orquestrada. Alain Savouré e Yann Lombard-Platet, amigos franceses amantes de comida, arte, história e com negócios bem-sucedidos noutras áreas, inspiraram-se em Jean-Baptiste Lully para criar uma padaria/pastelaria artesanal. Por um lado, explorando a história do compositor e violinista italiano, filho de moleiro e que se naturalizou francês em 1661, e por outro a “boa energia económica” que Portugal, e Lisboa em particular, registam.

Alain mudou-se para cá há dois anos, enquanto o amigo continua em trânsito, revezando-o atrás do balcão da segunda boutique, aberta em meados de dezembro nos Anjos. A expansão já estava planeada, tendo em conta o caloroso acolhimento dos clientes da loja do Beato, onde o centro de produção e laboratório funcionam. “Queríamos trazer o negócio para um local perto do centro e dos transportes e quando descobrimos esta antiga padaria decidimos fazer poucas alterações”, diz Yann, referindo as paredes revestidas a mármore e os pormenores Art Déco.

Alain Savouré é um dos mentores do projeto.
(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

É neste cenário “punk-barroco”, sonorizado com música clássica, que os clientes escolhem os pães, sanduíches e doces que querem levar para casa, ou comer na loja, com duas mesas à porta. A estrela é o Le Paillard (em alusão à alcunha que Molière deu a Jean-Baptiste Lully pela sua ousadia), um pão de 4,5 quilos feito com farinha francesa de trigo semi-integral, orgânica e moída em pedra, e sal cinzento não refinado. Após fermentação lenta a partir de massa-mãe e uma cozedura atenta, a crosta fica estaladiça e o interior fofo. Vende-se inteiriço ou em quartos.

Na bancada dos pães – cujas receitas procuram ser nutritivas e facilitar a digestão – há também um Paillard com cereais, a par de baguetes de um metro, pão de leite, mini-baguetes e pão de espelta, por exemplo. Já a oferta doce inclui os clássicos financier; cruffins (muffins com massa de croissant) de caramelo salgado e de maracujá; cannelé bordelais (bolo caramelizado com baunilha e rum); e crookies, entre outros, confecionados com manteiga francesa com selo DOP. Para beber e levar, há cafés de especialidade da The Royal Rawness, sodas, águas e chá frio.


Lully 1661 – Anjos
Rua do Forno do Tijolo, 46 (Anjos)
De terça a sábado, ds 09h às 19h.
Preço: pão desde os 0,45 euros até 32 euros (4,5 quilos)




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