De Belém ao Oriente, a pedalar na frente ribeirinha da capital

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)
São sete quilómetros os que ligam o Cais do Sodré a Belém, no primeiro trilho ciclável em frente ribeirinha em Lisboa. E outros tantos os que chegaram depois na zona oriental da cidade, entre Santa Apolónia e o Parque das Nações.

A Ponte 25 de Abril, o Cristo Rei e as encostas do território almadense sempre testemunhas fiéis do primeiro trilho ciclável que nasceu em frente ribeirinha na capital, há quase uma década e meia. Por estes dias longos e quentes, a diferença é que o percurso entre o Cais do Sodré e a Torre de Belém, somando sete quilómetros, faz-se na companhia das várias embarcações que trazem vida e ritmo ao Tejo.

Aqui, pedala-se quase sempre na margem do rio, salvo raros desvios, em comunhão com quem também aqui caminha e corre. Com partida do Cais do Sodré, o trilho sinalizado arranca ao som de gaivotas e dos cacilheiros, seguindo por etapas como as zonas portuárias de Santos e Alcântara, a Doca de Santo Amaro e, já antes da chegada a Belém, por zonas mais verdes com arvoredo. No final do percurso, a vizinhança é majestosa: Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos ou o renovado Jardim da Praça do Império.

O Parque Ribeirinho Oriente. (Fotografia de Diana Quintela/GI)

Em Santa Apolónia, o rio que serve de cenário é o mesmo, mas ruma-se pela zona oriental da cidade. O eixo ciclável e pedonal que liga a estação de comboios ao Parque das Nações, com sete quilómetros retos e sinalizados, já tem 12 anos de existência, mas recebeu novidades ao longo do tempo.

Pelo caminho, o Convento Madre de Deus, o Museu do Azulejo e a Igreja do Beato dão o ar de sua graça. Tal como o Parque Ribeirinho Oriente, o espaço verde de Marvila que foi recentemente renovado, iniciando-se junto aos armazéns da Doca do Poço do Bispo e estendendo-se por 600 metros. Aqui, há esculturas ao ar livre, quiosque com esplanada, bancos e vista para a Ponte Vasco da Gama, que nos acompanha até ao Parque das Nações, via Alameda dos Oceanos.


Uma sugestão para fazer junto ao trilho: Paula Rego no CCB

“Um Foco em Paula Rego” é a nova exposição temporária do Museu de Arte Contemporânea – CCB, em Belém, e uma boa sugestão de paragem neste trilho ciclável. A mostra reúne obras da artista produzidas nas décadas de 1950 e 1960, com especial enfoque na pintura “O Impostor”, que retrata Salazar de forma satírica. A exposição está patente até 10 de setembro, de terça a domingo, entre as 10h e as 19h.




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