O que conhecer em Guimarães no fim de semana prolongado

Percorra a fotogaleria para descobrir o que há de novo em Guimarães.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

FAZER

Montanha da Penha

Para quem não tiver medo de alturas, a subida até ao topo da montanha da Penha faz-se rápida e prazerosamente de teleférico. A paisagem, por si só, é um bom motivo para a viagem, mas, chegando ao destino, aí estão os 60 hectares do pulmão de Guimarães explorar.

(Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

Há trilhos para percorrer, miradouros naturais – o mais alto é o que fica ao lado da estátua do papa Pio IX, com uma vista sobre a cidade que, se o céu estiver limpo, alcança o mar –, grutas, ermidas e famosos penedos para descobrir, cada qual com o seu nome, devidamente identificado. Há o que abana, o do sino, o suspenso e ainda o do susto. Numa dessas grutas está instalada há mais de 50 anos a Adega do Ermitão, agora nas mãos de Diana Capela e Fernando Monteiro. De um lado serve-se bom vinho verde, e do outro fazem-se, na hora, bolo de sardinha, carne ou chouriça e ainda outros petiscos, saídos do forno a lenha.

COMPRAR

Galeria 6 Séculos

Pedro e Sofia, vimaranenses de gema, decidiram que nada melhor do que a Cidade Berço para abrir um espaço que é galeria, loja e uma ode a «tudo o que é português». Uma das paredes, comum aos três pisos do edifício, é a muralha de 900 anos que circundava a cidade medieval, e que inspirou o nome do espaço. Aqui encontra-se um pouco de tudo o que é de produção nacional, em particular aquilo que está ligado às artes.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Há sabonetes, peças de artesanato e design, pinturas de Júlio Pomar e obras únicas da literatura portuguesa, como é o caso de várias edições especiais e primeiras edições. Particular é ainda um exemplar do livro Anna Karenina, de Tolstoy, que faz parte da coleção por ter sido traduzido pelo Nobel português da literatura, José Saramago.

COMER

Café Oriental

A recatada porta branca que anuncia «Café Oriental» pode induzir em erro quem não conhece o espaço – é uma referência ao antigo café de inspiração egípcia que existiu ali no início do século XX e que era assim chamado. Mas subindo as escadas até um dos três pisos superiores encontra-se um dos mais movimentados restaurantes da cidade, instalado de frente para o Largo do Toural e com vista desafogada para o movimento citadino.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Nas belas salas de tetos trabalhados serve-se comida tradicional. Posta de vitela, polvo assado e bacalhau à moda da casa são algumas das sugestões da carta, mas ao almoço há uma outra opção que se tornou popular desde a abertura do restaurante, em 1979: o serviço de buffet, pioneiro na cidade. O negócio de família é hoje gerido pelos irmãos Abel e Rosário Fernandes, que têm também a seu cargo outros quatro restaurantes em Guimarães, incluindo, ali ao lado, o recente Faustinni 99, dedicado à cozinha italiana.

VISITAR

Contextile - Bienal de Arte Têxtil Contemporânea

Por estes dias, o legado têxtil da região está em destaque um pouco por toda a cidade. A 4ª edição da Contextile - Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, que decorre até 20 de outubro, propõe várias exposições, conversas e workshops sobre a temática. No Palácio Vila Flor está patente uma exposição internacional que reúne 59 obras de 52 artistas.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Pelas paredes descansam peças criadas a partir de vários tecidos, com diferentes padrões e mensagens, e no jardim exterior, entre as flores amarelas está instalado um trabalho da lituana Greta Kardi, inspirado nos bordados da echarpe de casamento da avó da artista. O Mercado Municipal, a Casa da Memória e o Museu Alberto Sampaio são alguns dos espaços por onde passa a bienal.

FICAR

Santa Luzia Art Hotel

Promover a cultura e a criação artística na cidade, e trazer de volta a noção do hotel como espaço de tertúlias são os objetivos do Santa Luzia Art Hotel. Nasceu em 2015, da recuperação de uma casa senhorial oitocentista, à porta do centro histórico. Ao lado foi construído de raiz um edifício de traços mais contemporâneos, que o assemelham a uma galeria, o que é em certa parte verdade, já que em todas as salas do complexo se respira arte.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Neste quatro estrelas de 99 quartos – dos quais quatro suítes duplex – reina uma decoração sóbria e de tons neutros, com linhas retas e muito uso da madeira. Quase todos os espaços comuns estão orientados para o grande espelho de água no centro do hotel, e no terraço do último andar, com vista panorâmica sobre a cidade, fica a piscina, com 46 metros de comprimento. Aberto a hóspedes e visitantes estão ainda o bar, o restaurante e o spa, este com três piscinas interiores, duas salas de tratamento, sauna, banho turco e ginásio. Aqui não falta o que fazer, mas vale a pena sair à rua e explorar a cidade.

SAIR

A movida de cidade

A Praça de São Tiago, conhecida pela sua noite boémia, tem vindo a partilhar o protagonismo com o vizinho Largo da Oliveira, do qual se separa apenas pelas arcadas dos antigos Paços do Concelho. A maior parte dos edifícios, de um e de outro lado, ainda conserva o traçado medieval e é morada de alguns dos bares mais populares da cidade.

(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

É o caso do mítico El Rock, cujo nome não deixa margem para dúvidas. Além da cerveja e dos cocktails é o rock & roll que, há mais de 20 anos, enche esta casa. Para começar a noite, nada melhor do que um copo de vinho no Rolhas & Rótulos. Depois, é deixar-se levar pela energia contagiante da cidade.

(Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)