Salitre: comida saudável e cheia de sabor na Avenida da Liberdade

Salitre: comida saudável e cheia de sabor na Avenida da Liberdade
No Salitre come-se comida portuguesa saudável e contemporânea. (Fotografia: DR)
No Salitre há carne, peixe e comida vegetariana e vegana cheios de sabor. Comer saudável não significa comer sem prazer, mostra o chef Nuno Queiroz, autor deste novo conceito dos restaurantes do grupo Turim.

Já lhe chamaram «o taliban da comida» por defender uma alimentação saudável, mas para o chef Nuno Queiroz, 42 anos, esse epíteto – que o próprio revela com sentido de humor – está longe de corresponder ao trabalho que desenvolve há já vários anos, depois de se ter formado na escola Le Cordon Bleu, «o oposto da alimentação saudável».

Um episódio familiar levou-o a mudar de rumo, como chef, e em 2004 foi para Itália especializar-se em comida macrobiótica, vegetariana, vegana e crudívora, aprendendo a fazer sobremesas sem açúcar e produtos lácteos. Em Beirute, onde esteve um ano, abriu «o primeiro restaurante vegetariano, vegano e de crus em todo o mundo árabe».

Nuno Queiroz continua focado na alimentação saudável sem nunca esquecer o sabor. (Fotografia: DR)

Estava já de tal forma focado na alimentação saudável que quando regressou a Portugal, em 2005, se sentiu quase num mundo à parte, numa altura em que pouco ou nada se falava do assunto. Entretanto o panorama mudou muito e o Salitre – para onde foi chamado com a missão de construir esta identidade portuguesa, saudável e contemporânea – é a prova disso mesmo: não só acompanha as tendências de consumo de uma minoria cada vez maior como abre um novo capítulo na história dos restaurantes dos hotéis Turim na capital, nomeadamente no novo Turim Boulevard.

«Este restaurante acaba por servir todos os mundos: conseguimos comer carne, peixe, vegano, vegetariano e sobremesas sem açúcar.

Toda a comida é confecionada com baixo teor de sal», resume Nuno Queiroz, ressalvando que não é por isso que sabe a ‘comida de hospital’. Antes pelo contrário. O creme brulèe de queijo da Serra e a salada de polvo com batata doce roxa são dois bons pretextos para falar da carta, essencialmente portuguesa, aqui e ali influenciada por outras latitudes. Há um mezze mediterrânico ideal para dividir e camarões com massa kataifi, típica da Grécia e da Turquia, assados no forno. «A única coisa que é feita na frigideira é o nosso bife», diz o chef.

Uma das sobremesas é esta pannacotta vegetariana. (Fotografia: DR)

Nos principais destacam-se, entre pratos mais nacionais e apelativos para os turistas, o hambúrguer de beterraba – capaz talvez de conquistar os céticos – e o risoto de trufas e cogumelos com mascarpone. Tudo biológico sempre que possível. E pensado para surpreender na apresentação, mas «sem qualquer pretensão», apesar de o restaurante estar num hotel de cinco estrelas.

Perto do final, levanta-se a expetativa: como saberão as sobremesas feitas com baixo teor de açúcar? Ninguém diria que o fondant de chocolate com gelado de framboesa não tem lactose, glúten e leva apenas 7% de açúcar. Ou que a pannacotta é vegetariana. No Salitre tudo sabe ao que é suposto, sem beliscar tanto a saúde.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

Juicy: O novo restaurante saudável de Lisboa
Puro: o novo restaurante barato e saudável de Lisboa
Cotidiano: o novo café com brunch para comer saudável todo o dia




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend