Abriu há coisa de dez meses, numa das perpendiculares que leva ao centro de São João da Madeira, e rapidamente se tornou paragem obrigatória para quem gosta de apreciar «bons pratos e sem pressas», como faz questão de promover a proprietária.
Fascinada pela indústria que mexe na cidade e com vontade de arriscar, Lurdes Pinho pensou abrir algo ligado ao tema e, daí até meter mãos à obra foi um passo. O ambiente decorou-se com as cadeiras antigas de uma fábrica de calçado, a iluminação inspirou-se nas linhas de produção, enquanto os marcadores das mesas remetem para as placas que, em ambiente fabril, se penduram nas máquinas das gaspeadeiras. Também não faltam os chapéus, as banheiras em miniatura em homenagem à Fundição e os lápis da Viarco com que a anfitriã criou um original mapa do concelho que se exibe à entrada.
O namorado, Ruben Arruda, é açoriano e um apaixonado por cozinha, incluindo notas da herança insular numa ementa baseada sobretudo em petiscos. A cozinha é aberta e está à vista do cliente, que é livre «para participar no próprio prato». A ementa nunca é igual, mas há sugestões que se repetem, como «o camarão ao alho, a amêijoa, os calamares», sendo que «qualquer prato pode ser servido como tapa», com folhados de recheios vários – o de bacalhau está entre os recomendado, mas há ainda de carne, chouriço, de alheira – prontos a apurarem o paladar e que vão à mesa também durante a tarde. De segunda a sexta, há prato do dia ao almoço desde 5 euros, o que atrai trabalhadores da zona e não só.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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