Tudo começou com os supperclubs, que Miguel Cunha e Sako Arao organizavam em sua casa, depois cresceu para alguns mercados pela cidade onde vendiam snacks japoneses. Mais tarde nasceu o Namban Oporto Kitchen Café, dedicado à comida caseira japonesa – toda confecionada de raiz pela Sako. Agora o projeto evoluiu e o casal trocou a pequena loja nas Galerias Lumière por um espaço maior na Rua dos Bragas, não muito longe do Namban original, onde têm «mais liberdade para experimentar», nas palavras de Miguel.
Além dos habituais menus de almoço (9,50 euros), que incluem sempre uma sopa, prato principal (com opção vegan), salada e pickles caseiros, o novo Namban também junta à ementa sugestões para começar bem o dia ou fazer uma pausa a meio da tarde. É o caso das torradas de pão de arroz ou das panquecas de trigo sarraceno, servidas com anko – uma pasta doce feita com feijão – e manteiga do coco ou creme de soja e compota fermentada. Para um lanche ou pequeno-almoço reforçado o casal sugere nattō, um prato japonês feito com feijões de soja fermentados ou ainda uma omelete japonesa, que chega à mesa acompanhada de arroz, sopa e pickles caseiros.
«É assim que os japoneses comem»
«É assim que os japoneses comem», nota Sako, que prepara cada refeição com uma variedade de elementos para compor um prato rico e equilibrado.
Para acompanhar, Sako também faz refrescos fermentados, com fruta da época, chá aromático, infusões, e uma seleção de sobremesas que rematam da melhor maneira o almoço – e valem uma visita por si mesmas -, como a sopa doce de feijão azuki, servida com dumpling de farinha de arroz, fria no verão e quente no inverno. Um aconchego.
A um canto da sala – que no verão também vai ter um terraço nas traseiras – estão expostos alguns colares, chapéus e até candeeiros, desenhados e confecionados por Miguel, que trabalhou como designer em Londres, onde o casal morou mais de 20 anos, antes de se dedicar a mostrar o lado mais caseiro da cozinha japonesa.
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