Quando Miguel Ruah decidiu mudar de ares, fazendo uma pausa na carreira de informática, com uma viagem até à Tailândia, estava longe de imaginar que por ali iria ficar cinco meses. E que tal viagem iria mudar o rumo da sua vida. Quando voltou, trouxe a vontade de abrir um restaurante tailandês na capital e regressou bem acompanhado, com Dong, o tailandês que cozinhou para si durante aquelas semanas.
O resultado pode ser visto e provado no Campo Pequeno, onde acaba de abrir portas o Thai-Tuga, um restaurante com capacidade para cerca de 100 lugares e com alguns dos pratos típicos da zona leste da Tailândia, onde Ruah esteve de férias e de onde Dong (significa floresta, onde nasceu, num madrugada chuvosa) é originário. «A única diferença é que aqui as propostas estão adaptadas e ligeiramente menos condimentados», conta o responsável pela cozinha.
Ao todo são nove menus ao almoço entre das 12h00 e as 15h00 (a abertura para jantares não será para já), que incluem prato principal, acompanhamento e uma bebida a preços acessíveis, a partir dos 6,90 euros e até aos 9,90 euros. Às terças-feiras, os mais curiosos – ou indecisos – podem optar pelo mini menu de degustação, que contém porções reduzidas de todos os pratos principais, a 4,90 euros. Já às sextas, existe a oportunidade de convidar um amigo ou colega de trabalho e pedir dois menus pelo preço de um: 9,80 euros.
Na escolha dos pratos principais, não falta variedade. A começar pelo caril (verde, mais leve, ou vermelho, mais intenso), com leite de coco, curgete, abóbora-manteiga, ervas aromáticas e com a opção de camarão, frango ou vegetais à escolha. Ou com o famoso pad thai, muito popular na Tailândia: uma massa de arroz com ovo e tofu, salteados num molho tradicional e com frango, camarão ou vegetais à escolha.
Os spring rolls também estão no Thai-Tuga, envoltos em massa de trigo e recheados com noodles de feijão verde de soja e pasta de frango e camarão. Já o One Sun, que Dong faz há anos para a sua família, são tirinhas finas de carne (frango, porco ou vaca) marinada num molho secreto e depois frita.
Entre os pratos do restaurante do Campo Pequeno estão também a sopa de cogumelos e o peixe, na maioria robalo e dourada. «Lá usa-se mais peixe de rio mas cá temos que adaptar a nossa oferta com peixe de mar», frisa o dono. Quer seja cozinhado a vapor com molho de ervas aromáticas, ou grelhado com molho de doce de amendoim, ou até com as tiras de peixe fritas com molho de ananás.
Para breve estão pensados vários pratos à base de dim sum (a vapor) para reforçar a carta, assim como a criação de uma horta onde se vai plantar algumas sementes, plantas e frutos tradicionais ou populares na cozinha tailandesa. Casos do tamarindo, um fruto rico em fibra, da tulsi (o chamado manjericão sagrado, mais perfumado e conhecido pelas propriedade medicinais). O objetivo é depender da exportação destes produtos mais específicos, e criá-los em solo português, para assegurar uma frescura ainda maior.
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