Passado um ano, uma renovação impunha-se. Não no espaço, nem na cozinha ou na equipa, mas na carta. E o Mezze – que se tornou sobejamente conhecido como a maior faceta do projeto social da Associação Pão a Pão para reintegrar refugiados do Médio Oriente em Portugal – cumpriu-a, introduzindo novos pratos, já a pensar no tempo frio que se avizinha.
O prato de lentilhas pretas, tamarindo e massa caseira com cebola frita e coentros (haraa ́ esba ́o) é uma das novidades e faz parte do primeiro mezze vegetariano, em que também entrou uma pasta de courgete com tahini e pasta de sésamo (m’tabbal koossa) e os restantes elementos se mantiveram. Tão saborosos como atraentes ao olhar são também os novos legumes recheados com arroz, carne picada e especiarias, acompanhados com caldo (mahashi), e os quiabos guisados com tomate (bamya bizayte).
A carta em si mantém-se organizada, além dos pratos a la carte, em seis mezze (menus), ou seja, conjuntos de pequenos pratos que chegam à mesa em simultâneo e são ideais para partilhar (mezze significa mesmo ‘comida para partilhar’), tal como acontece nas casas sírias, palestinianas e iraquianas. Comum a qualquer opção é o delicioso pão (khubz), feito na casa, e que é usado como colher na companhia do tradicional hummus (pasta de grão cozido com tahini). Outra novidade, para começar a refeição em beleza, são as bolinhas de iogurte com especiarias e acompanhadas de pão frito.
No Mezze a garantia é ser tudo feito com produtos frescos e à vista dos clientes, no balcão da pequena cozinha onde trabalham vários membros da mesma família. Prova de como o projeto tem corrido de feição, com os resultados à vista, são também as três novas sobremesas da carta, das quais se destaca o pudim de leite com creme de laranja e amêndoa tostada. Só bons motivos para revisitar esta mesa do Médio Oriente no multicultural bairro de Arroios.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.