Cruzada a entrada, partilhada com a livraria Pretexto, saltam à vista as caras célebres que decoram a sala. Depois repara-se nas guitarras penduradas na parede e percebe-se que não estão lá só para ficar bonito – não são marcas de supermercado, são instrumentos «a sério», vê-se que é a coleção de alguém. De um músico. Lino Quinteiro Lopes estudou para isso, até que uma lesão o obrigou a mudar de profissão, mas não perdeu o gosto, nem pela música, nem pelo prazer de tocar. E há pouco mais de um ano decidiu abrir um café com a música em primeiro plano. Onde quem quiser pode pegar numa guitarra e fazer o gosto aos dedos.
Repara-se no pormenor seguinte, o som ambiente: Paco de Lucia, Astor Piazzolla, música com alma. E à noite, aos fins de semana, costuma haver alguém a tomar conta do «palco». Mas não é só pela audição que o Faces se propõe a conquistar público. Embora não tenha pretensões de ser restaurante, aqui servem-se refeições ligeiras mas cheias de gosto. Dizer só que há quiches, folhados e sopa do dia pode induzir a ideia de banalidade, mas não é disso que se trata de todo. Das mãos de Alexandra Rebelo – que Viseu já conhecia pela loja de donuts artesanais que teve na Rua D. Duarte, entretanto fechada – saem surpresas como um folhado de bacalhau de cebolada, quiche de bacon e maçã ou uma reconfortante sopa de brócolos, e tarte de ameixas e vinho do porto. Descobre-se que afinal, em terra de cozinha de substância também há prazer na mesa ligeira.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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