Uma parede forrada com portas de diferentes cores e feitios. Tijoleira de padrão axadrezado, em preto e branco. Pratos decorativos e quadros trazidos de casa dos avós. Estes são alguns pormenores do interior da cafetaria O Amor vive na Cozinha, que se instalou numa antiga loja de ferragens na Praça do Comércio, agora a parecer uma cena da história Alice no País das Maravilhas (e há até um excerto do conto numa parede).
O projeto nasceu das mãos de três amigos – Andreia Fernandes, Bruna Fonseca e Ricardo Baía -, que partilhavam o gosto pelo exercício físico e a alimentação saudável, mas não encontravam na cidade o tipo de comida que queriam. “Começamos a experimentar receitas e a fazer eventos para os amigos”, conta Bruna. O Amor nasceu em 2017, e no ano passado ganhou finalmente uma casa.
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- O Amor vive na Cozinha – Andreia Fernandes e Bruna Fonseca (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
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- O Amor vive na Cozinha (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
“Queríamos ter um espaço com comida honesta e saudável. Procuramos sempre ter um equilíbrio no prato”, assume Andreia. A intenção é fugir dos ingredientes processados e do açúcar refinado, utilizando açúcar de coco, o mel ou fruta para adoçar. Aliás, a maioria do que vai para a mesa é feito ali de raiz, como a granola e as manteigas de frutos secos (incluindo a de avelã com cacau). “Pôr amor em tudo o que fazemos é o que nos motiva”, diz Bruna.
O Amor vive na Cozinha (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
Há sempre opções sem glúten e sem lactose entre as sugestões de doces do dia, que variam entre brownie de alfarroba, arroz doce de coco, leite creme de amêndoa, bolo de laranja ou de maçã – que procuram fazer com produtos da época e locais. Na montra, está sempre o “best-seller”, o quadrado de coco e chocolate. Na carta, sobressaem as panquecas com nomes como Primeiro Beijo, ou a Primeira Noite.
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- O Amor vive na Cozinha (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
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- O Amor vive na Cozinha (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
Ali não se fala em “bowls”, mas sim em malgas (de atum, camarão ou cogumelos), malguinhas (de granola e fruta) e panelas (ovos mexidos e papas de aveia). Também não há brunch, mas sim um pequeno-almoço domingueiro. E ainda tostas, como a de abacate e ovos escalfados, e uma seleção de gelados sem açúcar da Spirito, que casam na perfeição com os doces que Andreia faz.
“Ela é a nossa fada”, diz Bruna. Andreia é quem manda nesta cozinha e quando lhe perguntam o porquê de gostar de cozinhar, a resposta é imediata e simples: “Gosto de fazer coisas bonitas. E de fazer as pessoas felizes”, diz.
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