Aveiro: aprender sobre ostras antes de as provar

Uma antiga salina, num recanto da ria, alia agora a produção de ostras, amêijoas, berbigão e salicórnia ao turismo. Conhecimento, sabores e sossego, num cenário onde não falta beleza natural.

A Marinha Passagem é acessível apenas de barco, numa viagem que dura dois minutos. Mal se põe o pé em terra, Sandra Sousa avisa: aquele lugar é mais do que uma antiga salina, e não se cinge à produção de ostras. Desde logo, porque tem história. Ao lado, na antiga lota velha, houve um porto comercial quinhentista usado pelas caravelas portuguesas que transportavam cerâmica para vários pontos do globo, como testemunham algumas peças retiradas do canal. «Nas marés vivas, ainda se vê a ponta de uma caravela naufragada. A marinha já tinha este nome e, para nós, fez sentido mantê-lo, porque era um sítio de passagem.»

Veja ao longo da fotogaleria acima, passo a passo, o que pode fazer na Marinha Passagem.

É certo que naquela propriedade, com aproximadamente 8 hectares, rodeada pelos canais da ria de Aveiro, se produz ostras, amêijoas e berbigão, bem como salicórnia. Mas também se promove a partilha de conhecimento e momentos de lazer. Quem ali chega pode aprender sobre o processo de criação daqueles bivalves, pela empresa Ostraveiro, em visitas guiadas, e experimentá-los no final. Ou ir somente saborear a comida e o lugar, que tem camas de rede, bar e parque infantil. Sandra e o marido, Sandro Sousa, decidiram abrir a marinha a visitantes porque sentiram na pele quão aprazível era estar naquele sítio, tão rico em sossego que faz esquecer que o centro da cidade está a poucos minutos.

 

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