Há quase uma dezena de lugares por onde escolher para comer no mercado. Um dos mais recentes, o restaurante MD4 – Mãe dos Quatro (Preço médio: 11 euros), abriu no início de abril, por Cláudia Farinhas, que trabalhou três anos com o chef Sergio Crivelli. Cláudia aposta na comida de inspiração italiana, como as pizas e as massas, e oferece um menu de almoço por 5,95 euros que inclui uma piza ou uma massa, bebida e café.
Instalado há mais tempo está o Sushi no Mercado (Preço médio: 15 euros), o Mafalda’s (Preço médio: 6 euros), onde da cozinha saem almoços preparados com ingredientes comprados no mercado. Ramen de porco preto assado e beringela marinada e assada, com batata-doce e ovo cavalo são duas das opções que podem surgir durante a semana. Ao sábado, come-se brunch. É concorrido e, por isso, sugere-se reserva.
Outros dos inquilinos do mercado são o Comida de Rua (Preço médio: 6,50 euros), onde se vai pelas apetitosas sanduíches, e o Taberna Lusitana (Preço médio: 12 euros), que permite aos clientes, durante o horário de almoço, escolher o peixe nas bancas. Depois de grelhado apenas com azeite e sal é servido com salada, legumes e pão rústico. Ao jantar, o serviço faz-se à carta e dela destaca-se o bife de atum, os bifes de carnes black angus e uma seleção de petiscos como conservas, queijos e mexilhões.
Também o Mercado – Food & Drinks (Tel.: 224065155. Preço médio: 12 euros) dá a possibilidade aos clientes de escolherem, ao almoço, o peixe que quiserem, para ser grelhado, assado ou cozido. Ao jantar, peixe só por encomenda, mas a carne está garantida, em bifes com molho de vinho do porto ou de alho.
AS GERAÇÕES DO MERCADO
«Antigamente, havia tantos clientes que não tínhamos tempo para arranjar o peixe», lembra Isabel Costa Marques, de 68 anos, que ao lado da irmã mais velha, Maria da Conceição Costa Marques, gere uma banca de peixe há mais de meio século. Começou a trabalhar com a mãe, aos 17 anos, numa altura em que se vendia muito, principalmente peixes que hoje não têm tanta saída como goraz e pargo. Hoje, reconhece que se vende menos mas continua a gostar de estar no mercado, do convívio que há entre vendedores.
Fátima Santos, 62 anos, da banca Frutas René, concorda. «Gosto do ambiente». Diz que trabalha no mercado desde que nasceu. «Isto foi da minha avó, da minha mãe e agora é meu», conta. Nos anos áureos do mercado, vendia sobretudo a quem trabalhava nas fábricas que havia por perto e para revenda. Atualmente, os clientes chegam em menor quantidade. Vêm de Matosinhos e das cidades adjacentes, de cargueiros que atracam no porto de Leixões e, claro, não faltam estrangeiros.
Também de diversas proveniências são os clientes de Rita Monte e Ana Fonseca, da loja Azeitoneira do Porto e da padaria Pão da Terra, respetivamente. São duas das mais recentes inquilinas do mercado, chegadas há cerca de dois anos e ambas apreciam a diversidade do mercado e o convívio que se vive. Ana Fonseca, por exemplo, compra as azeitonas biológicas para fazer pão de azeitonas na Azeitoneira do Porto e, por sua vez, Rita Monte é cliente da Pão da Terra, onde há todos os dias sete variedade de pão de fermentação lenta – de trigo, de mistura, de centeio, entre outros. Na Azeitoneira do Porto encontram-se quase dez diferentes tipos de azeitonas, entre biológica certificada, gordal e picante, bem como produtos portugueses de norte a sul do país, como mel, requeijão, chá, sal, conservas e vinhos.
Longitude : -8.691193200000043
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