Complexidade aromática neste Encruzado da Adega de Penalva

Adega de Penalva do Castelo, no Dão (Fotografia: DR)
Casta muito produtiva, a Encruzado confere untuosidade aos vinhos e capacidade de guarda. É a referência da Adega de Penalva, Dão.

O Encruzado é a “referência, o ex-líbris da Adega de Penalva”, refere António Pina, o enólogo da casa. Bastante produtiva, esta casta “é perfeita para a composição de vinhos estremes ou para abrilhantar muitos dos lotes do Dão”, produzindo vinhos “sérios e estruturados, untuosos e de extraordinária capacidade de guarda”, refere.

Neste rótulo, a casta é apresentada a solo, revelando, assim, a sua grande complexidade aromática, “com notas vegetais, florais e minerais”. A fermentação é feita em cuba de cimento e depois parte dele estagia em barrica nova, o que o favorece, considera o enólogo: “a casta ganha muito com o contacto com a madeira, adquirindo um apoio aromático muito específico, sem nunca se deixar dominar pelos aromas da barrica”.

Sendo uma região protegida pelas cadeias montanhosas que a circundam, está protegida das influências atlânticas e as suas uvas são plantadas a 400 e 500 metros de altitude em solos graníticos. “Cerca de 80 por cento das vinhas são modernas e estão plantadas com as melhores castas da região, os restantes 20 por cento são vinhas centenárias que dão origem aos grandes vinhos de guarda que produzimos na adega”, diz. LM

O PRATO
Arroz de lavagante. É um prato festivo, inspirado na grande tradição marisqueira e normalmente começa pela produção de uma bisque, que é um caldo reforçado pela cozedura de cascas. Sabor intenso, que vai encontrar forte e sápida parceria neste Encruzado do Dão, supinamente feito, atenção máxima ao detalhe, enologia de luxo. Se puder, utilize parte do vinho para produzir o caldo de base. FM

O VINHO
Adega de Penalva Encruzado
Grau alcoólico: 13%
Preço: 7,50 euros




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