Na rua da Graça e no quarteirão em seu redor, a circulação nunca pára. É para aí que conflui o movimento das ruas adjacentes, dada a riqueza do comércio ainda tradicional, a oferta de restaurantes e de cafés. É também por aí que passeiam os turistas à procura de pequenas pérolas como o que resta das muralhas fernandinas, que se podem observar no interior do convento que deu nome à rua.
Longe vão os tempos em que esta rua estava apenas associada aos espaços religiosos e à agricultura. Aliás, começou a ser procurada no século XVI pelas elites, que em redor construíram os seus palacetes – ; e dois séculos mais tarde pelo proletariado, que aí se instalou em vilas operátias (edifícios como palácios ou conventos adaptados a habitação económica), como a emblemática Vila Sousa, atualmente em recuperação.
A partir dos anos 1950 tornou-se mesmo um polo cultural com cinemas, teatros e associações culturais, sendo frequentada por intelectuais como Natália Correia, Luís de Sttau Monteiro ou Sophia de Mello Breyner. Hoje congrega o espírito de todas épocas, reunindo populares, artistas e turistas numa invulgar sintonia.
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