«A alma é o que vem para a mesa». Carla Marques resume nesta frase o conceito do restaurante que acaba de abrir no centro histórico da Feira. A base é comida tradicional portuguesa: bacalhau à Lagareiro, rojões e moelas, medalhões de vitela em farrapo velho de alheira, favas estufadas com presunto, bolinhos e pataniscas de bacalhau. Aos sábados, há tripas à moda do Porto e aos domingos vitela assada no forno e cabritinho assado com arroz do forno.
O chef Agostinho Teixeira, a laborar na cozinha sempre aberta, não deixa nenhum prato chegar à mesa sem aquele toque. «Servimos comida regional com uma cara diferente, com empratamentos mais requintados», diz. Nota-se na disposição da carne, do bacalhau, dos lombinhos de porco com molho de mostarda antiga em cama de risotto que têm, todavia, um sabor caseiro. Que também se servem, todos os dias, num menu de almoço (7,5 euros).
Na carta, há ainda alguns pratos internacionais (e universais) como esparguete à bolonhesa ou salada Caesar, porque o primeiro andar desta casa centenária recuperada é um hostel com quatro suítes e dormitórios, com um terraço de onde se vê o castelo da Feira. Nas traseiras, a vista também cheira, graças à esplanada junto à horta biológica de onde são colhidas ervas aromáticas, limas e limões, salsa e tomilho, laranjas, tomate bebé, piripiri e uvas.
A honrar as raízes feirenses, Carla decorou este Os Vinte com o azul do clube da terra e fotografias a preto e branco que contam histórias, desde o foral, a um desenho antigo do castelo de 1741, aos monumentos mais conhecidos. Já o número 20 coincide com o dia da Festa das Fogaceiras (20 de janeiro) e com o número desta porta onde se entra para a boa comida.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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