Tripeiro, o regresso de um clássico da cidade Invicta

O restaurante que abriu as portas na década de 50 voltou de cara lavada. A decoração agora é moderna mas as tripas e os pratos mais tradicionais continuam a chegar à mesa.

Mudam-se os tempos mas não se mudam as vontades. Era uma vez um clássico restaurante do Porto, de portas abertas desde os anos 50. Em setembro de 2016, aquelas fecharam-se à chave e julgou-se que para sempre. Algo se perdeu mas também se transformou. No início de maio, o Tripeiro renasceu das cinzas com o mesmo nome e a mesma estrela: as tripas à moda do Porto.

O Tripeiro manteve o inesquecível néon à entrada, que avisa da sua existência o mais distraído dos transeuntes, mas é agora um espaço cosmopolita e acolhedor, fruto da união de seis empresários da restauração que decidiram unir esforços para criar este restaurante que mantém o foco na comida tradicional portuguesa.

Inês Mendonça, uma das responsáveis pelo novo Tripeiro, explica que “continua a haver uma ligação ao tradicional através da comida mas num ambiente moderno, bonito”. A empresária, que é proprietária, juntamente com outros sócios deste novo espaço, do Cantina 32 e do Puro 4050, no largo de São Domingos, foi também a mentora da nova decoração, “inspirada um bocadinho na terra e na filosofia wabi-sabi, da simplicidade, das origens, da imperfeição”. Mesas, cadeiras e bancos sofreram uma limpeza do verniz e continuaram por cá, “mantendo-se algo do antigo Tripeiro”, cujas paredes têm agora o tabique à vista.

“Continua a haver uma ligação ao tradicional através da comida mas num ambiente moderno, bonito”, explica Inês Mendonça

Os outros sócios são os responsáveis pelo LSD, o Amor É e a Casa de Pasto da Palmeira. “Juntámos as nossas vivências e avançamos para este projeto, um espaço simpático onde se come bem”, diz por sua vez José Ribeiro, lembrando que as tripas com arroz (9,50 euros) são prato que constará sempre da lista.

Da mestria do chef Alberto Jesus resultam outras iguarias como a posta de vitela com batata a murro e grelos (24 euros/duas pessoas), pernil assado no forno (12,50 euros) açorda de bacalhau com grelos em pão (13 euros) ou a cataplana de tamboril e gambas (31 euros/duas pessoas). Durante a semana há pratos do dia ao almoço, tais como bacalhau à gomes de sá ou empada de carne, linguadinhos fritos com arroz de grelos (8,50 euros) ou rojões com papas (13 euros), para citar apenas alguns.

Também os doces são de cariz tradicional, do Romeu e Julieta [queijo e marmelada] ao pudim Abade de Priscos, passando pelos gelados da Neveiros. Há ainda um carrinho de
sobremesas, com preços a partir de 3.50 euros.

Entre a sala principal e a mezanine, o Tripeiro tem cerca de 90 lugares, que em breve vão aumentar com a abertura de uma sala para grupos. Na cave, também irá abrir um bar de petiscos.

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