Sossegada, pedonal, larga e ladeada por prédios baixos, que não têm mais de dois pisos, a Rua Dr. José Cerveira Lebre, paralela à EN 1, é uma via central da Mealhada, onde se desenrola parte do dia a dia dos habitantes, que lá vão para comer e para comprar mercearias, sapatos, artigos para o lar, joalharia. Mas não só. É também nesta rua que se encontra a Biblioteca Municipal e o Tribunal Judicial da Mealhada, que funciona naquilo que resta da Quinta da Nora, uma casa senhorial no início da rua que pertencia à família Lebre, «talvez a mais antiga e a mais ilustre da vila da Mealhada», lê-se na monografia Mealhada – A escrita do tempo, de António Breda Carvalho. A toponímia é, aliás, uma homenagem a José Cerveira de Vasconcelos Lebre, nascido a 1841, filho de Joaquim Lebre de Sousa e Vasconcelos, lente de matemática e reitor da Universidade de Coimbra. José Cerveira Lebre desempenhou os «lugares de Chefe do Partido Progressista, Administrador do Concelho e Presidente da Câmara». O seu nome foi atribuído a esta rua por proposta do descendente Francisco Lebre de Sousa e Vasconcelos, enquanto ocupava o lugar, à semelhança do pai, de presidente da câmara. Assim ficou, até aos dias de hoje.
ARTE NOVA
Na esquina onde a Av. Quinta da Nora encontra a Rua Costa Simões, está a Farmácia Brandão, a ocupar um belíssimo exemplar do movimento Arte Nova. O edifício, de início do século XX, é obra do arquiteto Jayme Ignácio dos Santos.
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