Morais Soares: esta rua de Lisboa tem gente e negócios de toda a parte

Esta rua é multicultural nos negócios e nas gentes que a habitam. (Fotografia de Ricardo Gonçalves/GI)
Gente de várias nacionalidades marca presença nesta rua em Arroios, onde se encontra um pouco de tudo: mercearias, lojas de conveniência, floristas, pastelarias, bancos e pronto-a-vestir. E um mar de gente a percorrê-la para cima e para baixo.

Há mais de um século que esta rua existe. Nasceu em 1906 como Rua do Conselheiro Morais Soares, e após a implantação da República, um edital mudou-lhe o nome para Rua Morais Soares, “já que o título de conselheiro recordava o regime monárquico, por ser atribuído pelo soberano”, lê-se no website municipal Toponímia de Lisboa.
Rodrigo de Morais Soares foi professor, bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra e distinguiu-se como alto funcionário da Administração Pública e especialista em assuntos aduaneiros, agrícolas e financeiros.

Quando foi aberta, a artéria marcava os limites da cidade, no troço da antiga Estrada de Circunvalação. Atualmente, começa na Parada do Alto de São João e termina na atual Praça do Chile, acolhendo, a meio, a Praça Paiva Couceiro. Percorrê-la é assistir a um corrupio de gente de várias nacionalidades (pouco usual neste período pandémico) e pode também ser um exercício de contemplação urbana, de como a beleza de alguns edifícios contrasta com a crueza do ruído das quatro vias de trânsito que a rasgam de alto a baixo.

 

Bela Rosa | 5A
Nesta florista quase em frente ao Cemitério do Alto de São João é a simpática Isabel quem dá as boas-vindas aos clientes. Está há mais de 30 anos na empresa (que tem outra loja no largo da Parada de São João, bem como online) e adora o que faz. “A partir de novembro vamos ter crisântemos, despedidas e tulipas. As flores de época tèm sempre procura”, diz. Ali fazem-se arranjos para nascimentos, casamentos, batizados, funerais e outras ocasiões, e vende-se
algumas plantas de vaso. Sempre aberto.

 

Alfacicla | 35C
Venda, aluguer e reparação de bicicletas são os serviços prestados pela Alfacicla, há três anos nesta loja/oficina. Tem modelos de bicicletas urbanas para adultos e crianças, para todos gostos e carteiras, e vende equipamentos (como kits para bicicletas elétricas) e acessórios para andar em segurança. Segundo Cynthia, da Alfacicla, a pandemia veio acelerar a procura e há stocks a desaparecer, até porque a loja é aderente ao programa municipal de incentivo à compra de bicicletas, que pode reembolsar o utilizador até 50% do valor, no limite de 100 euros. Encerra domingo.

(Fotografia de Ricardo Gonçalves/GI)

 

Paulinas | 56A
Livros de Psicologia, História, Sociologia e Ciências Humanas, literatura religiosa e espiritualidades, encontra-se de tudo um pouco nas prateleiras da livraria Paulinas, uma das várias lojas detidas pelo Instituto Missionário Filhas de São Paulo. Além de edições próprias, a livraria vende obras de outras editoras e tem uma grande oferta infanto-juvenil de cariz religioso, cultural e pedagógico. No dia 4 de cada mês, há 20% de desconto nas edições próprias lançadas há mais tempo. Encerra domingo.

 

Flor do Império | 91F
Há 62 anos que as vitrines da Flor do Império se enchem de bolos frescos todas as manhãs, assim como a padaria – tudo de fabrico próprio, atesta José Costa, à frente da casa desde 1996. Entre as especialidades estão os croissants e os pastéis de nata. Enquanto se admira o bonito painel de azulejos que retrata a Praça do Comércio antes do grande terramoto, também se pode almoçar e jantar (há quatro pratos do dia – de peixe e carne – a partir de 5,95 euros e
grelhados). Não encerra.

 

Mercado da Morais Soares | 102
É uma despensa ao virar da esquina: tem frutas e legumes da zona Oeste, vinhos do Alentejo e do Douro e carnes de produção nacional, ou não fosse este mercado gerido pela empresa Varn Carnes, à semelhança do espaço irmão na Praça da Figueira. Quem ali vai também encontra produtos de charcutaria e mercearia e um espaço de cafetaria com pão e bolos. Para almoçar, existem refeições ligeiras a 5,50 euros (cinco pratos e duas sopas por dia), que podem ser tomadas dentro ou numa esplanada que será expandida em breve, na rua ao lado. Encerra domingo.

 

Pedemeia | 105 C-D
Centenas de pares de meias de lã, algodão e fibras, de todas as cores e padrões, preenchem as paredes da Pedemeia, uma firma portuguesa sediada em Braga desde 1966 e dona de outras quatro lojas em Lisboa, e outras tantas no país. Neste espaço há meias para todas as ocasiões e uma secção de oportunidade com pares a partir de um euro e três pares a 3,50 euros. Entretanto, chegou a nova coleção de outono-inverno com muitas meias grossas e confortáveis para combater o frio nos pés. Encerra domingo.

 

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