Foi em 1123 que o bispo D. Hugo deu ao Porto a sua primeira carta de foral, reconhecendo assim a autonomia do burgo portuense, 20 anos antes da fundação de Portugal. Para assinalar os 900 anos do acontecimento, é mostrado o documento que é o traslado da carta, um pergaminho da chancelaria de D. Dinis, de 1286, o mais antigo do Arquivo Municipal. Este pode ser visto nos dias 27 e 28 de outubro, entre as 9 e as 17 horas.
O foral representa tanto a emancipação da cidade pela aquisição de direitos, privilégios e deveres, como o protagonismo político-administrativo do Porto. O documento, escrito em letra gótica, revela a forma das relações dos moradores da cidade entre si e destes com a Sé portucalense.
A par do Foral do Porto, exibe-se também o Foral Manuelino, de 1517. Integrado na reforma administrativa, jurídica e legislativa desenvolvida pelo rei D. Manuel I, o documento, testemunha a relação da monarquia com o concelho, estabelecendo as relações entre as duas instituições a nível económico, fiscal e jurisdicional.
A celebração dos 900 anos da primeira carta de foral outorgada ao Porto inclui, ainda, o lançamento, por parte dos CTT, de um selo comemorativo da data, e um colóquio evocativo, no dia 28, a partir das 10 horas, na Casa do Infante, sob o tema “O Porto Medieval: do burgo do bispo à cidade dos mercadores”.
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