Rota Vicentina: em duas rodas, pelo sudoeste alentejano

(Fotografia de João Mariano)
Na Costa Vicentina, a rede ciclável soma mais de mil quilómetros. Um dos trilhos circulares mais populares inicia e termina em São Teotónio, passando pelo Cabo Sardão, Zambujeira do Mar e Praia do Carvalhal.

As opções para pedalar pela Costa Vicentina são tão amplas quanto o território deste que é um dos destinos nacionais de eleição para os meses quentes: só o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina ocupa qualquer coisa como 76 mil hectares e dois quilómetros de zona marítima paralela à costa.

Por isso, não é de estranhar que a Rota Vicentina, a associação criada há uma década para gerir os trilhos e potenciar as mais-valias naturais deste parque, de forma sustentável, tenha uma rede de percursos cicláveis, sinalizados e circulares, que somam mais de mil quilómetros. Na prática, são 38 percursos espalhados pelo concelho de Odemira, idealizados para bicicletas BTT, e com cinco núcleos territoriais, todos explicados no site oficial da Rota Vicentina.

Um destes é o núcleo de São Teotónio, que tem um dos percursos mais completos da rede, com litoral e interior, cenários rurais e areais. Tem 53 quilómetros, duração estimada de cinco horas e nível de dificuldade moderado.

O trilho de 53 quilómetros faz-se junto ao mar, areais, pescadores e pequenas povoações. (Fotografia: DR)

O arranque faz-se no Largo Gomes Freire, junto à Igreja Matriz de São Teotónio e segue por caminhos rurais, atravessando zonas de pasto e agricultura. Quando se chega à costa, o trilho junto ao mar prossegue por 16 quilómetros, entre o Cabo Sardão (um autêntico miradouro sobre o oceano, neste que é o ponto mais ocidental da costa alentejana), o porto de pesca da Entrada da Barca, a Zambujeira do Mar (com paragem obrigatória na Capela da Nossa Senhora do Mar, com vista panorâmica sobre a Praia da Zambujeira do Mar) e a Praia do Carvalhal. Além disso, passa por pequenas povoações como Estibeira, Malavado, Fataca, Cavaleiro e nas proximidades do Brejão, a aldeia que foi destino de férias de Amália Rodrigues durante décadas.


Uma sugestão para conhecer pelo caminho: uma herdade na Zambujeira

Nasceu há quase duas décadas, mas foi renovada nos últimos anos, somando quase 20 quatros e apartamentos T1 e T2 com cozinha equipada e a típica traça alentejana. Na Herdade do Touril, na Zambujeira do Mar, o tempo livre divide-se entre mergulhos na piscina exterior de água salgada, passeios pelo olival, a pé ou de bicicleta, e nas idas ao restaurante Touril & Celso, em parceria com a Tasca do Celso, um clássico de Vila Nova de Milfontes.




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