Hotel Torre de Palma brinda ao verão com um novo vinho rosé, em Monforte

Duarte de Deus (na fotografia) é o enólogo da adega do Torre de Palma. (Fotografia: DR)
Este hotel rural com forte aposta no enoturismo acaba de lançar um novo rosé frutado, a tempo do seu oitavo aniversário, celebrado amanhã. Pode ser um bom pretexto de visita ou estada, na companhia de petiscos de chef e com o Alentejo no horizonte.

À meia-luz, na intimista sala de provas da adega do Torre de Palma, o enólogo Duarte de Deus apresenta o Torre de Palma Rosé 2021, o mais recente membro da gama de vinhos do hotel. “Este rosé foi pensado para estar à mesa e para harmonizar com pratos de carne, enchidos e tempuras. Também o fizemos numa edição Magnum limitada a 100 garrafas numeradas”.

O vinho é feito com 50% touriga nacional e 50% tinta-miúda. “A touriga nacional é uma casta muito boa para rosés, porque dá um perfume muito interessante ao vinho, é muito aromática, nada enjoativa e tem uma parte mais floral. A tinta miúda dá-lhe uma fruta mais ácida, de groselha e framboesa”, explica o enólogo. Parte do lote passou por barrica usada para ganhar volume de boca.

(Fotografia: DR)

Não é, por isso, um rosé para beber exclusivamente no verão – e o lançamento no Dia da Mulher não foi escolhido ao acaso. “Lançar um rosé no inverno é dizer às pessoas que o vinho rosé não tem de ser um vinho de piscina. É digno de estar à mesa como qualquer outro”, reforça, reconhecendo que o consumo é ainda “muito sazonal”. “Há que educar o consumidor”, opina Duarte.

No momento da prova identifica-se também um toque de salinidade, caraterística comum à família de vinhos Torre de Palma. A explicação está no terroir dos sete hectares de vinhas da propriedade, composto por calcários, xistos, arenitos e mármores. O relevo, a exposição solar, a fauna e flora das vinhas e a amplitude térmica também são fatores determinantes para o resultado.

O novo rosé é vendido no hotel e na loja online, integrando também as cartas do restaurante Palma, de alguns restaurantes no país, winebars e garrafeiras. Mas, mais do que beber, o hotel convida os hóspedes e visitantes a ver como os vinhos são feitos, nas vindimas, participando em todo o processo desde a apanha da uva. A pisa a pé nos lagares de mármore rosa de Estremoz é um dos pontos altos.

De resto, são inúmeras as atividades vínicas disponíveis: provar vinhos à volta de uma fogueira ou no topo da torre de menagem ao pôr do sol; fazer provas diretamente das barricas e aprender a fazer blends, levando a garrafa para casa; até provar brancos, tintos e rosés em copos pretos, para distinguir as diferentes caraterísticas. Já no Palma, a carta tem também outros vinhos da região.

O tempo quente inspirou o chef Miguel Laffan a criar novos pratos, como a sopa de cação, o polvo assado no forno com migas de couve, o pernil de borrego merino assado e uma fresca tartelete de maçã. Antes, há que guardar lugar para um desfile de petiscos alentejanos, servidos em loiças de barro de São Pedro do Corval. O pão, por enquanto da Gleba, molha-se no azeite produzido ali mesmo.

O objetivo da equipa é vir a produzir o próprio pão na Casa do Forno, que outrora alimentou as famílias de trabalhadores residentes na herdade. A sua longa história iniciou-se há dois mil anos com a ocupação romana, que deixou, a poucas centenas de metros, vestígios de uma casa nobre e de uma basílica paleo-cristã; cruzou a Ordem de Avis, no século XIV, e o pós-25 de Abril, até chegar aos dias de hoje.

Os atuais proprietários Ana Isabel e Paulo Barradas Rebelo recuperaram o edificado abandonado há décadas com um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro e transformaram, assim, o Torre de Palma num lugar agrícola, com vinho e cavalos, e 19 quartos e suítes equipados com as comodidades atuais: um spa, duas piscinas, bar, atividades e, claro, a torre brasonada de onde se vê a paisagem alentejana.

 

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