Três lojas para quem tem livros, música e outras artes no coração

A Lucky Lux tem mais de dez mil discos, entre CD e vinil, muitos deles usados. Fotografia: Maria João Gala / Global Imagens
Em Coimbra, no Porto e em Guimarães encontram-se três lojas de rua que enchem o coração: um espaço com quase dez mil discos à escolha - alguns deles raros -, uma livraria cheia de clássicos da banda desenhada e uma galeria que é uma ode aos artistas portugueses.

# LUCKY LUX

COIMBRA Rui Ferreira foi enfermeiro durante anos, até que decidiu concentrar-se na música. Na Lucky Lux tem perto de dez mil discos, entre CD e vinil, de diversos artistas – muitos deles ligados à cidade e com álbuns editados pela sua Lux Records. Texto de Carina Fonseca

Rui Ferreira deixou a enfermagem para se dedicar a 100% à música. Quando criou a loja de discos Lucky Lux, na Baixa de Coimbra, há mais de três anos, já tinha a editora Lux Records, era manager de bandas e fazia rádio. O espaço, cheio de caras conhecidas, de Amália a David Bowie, tem muitos artistas ligados à cidade e com álbuns editados pela Lux – como The Legendary Tigerman, d3ö, X-Wife ou Mão Morta.

Rui Ferreira deixou a enfermagem para se dedicar à música a 100%.
Fotografia: Maria João Gala / Global Imagens

Há cerca de dez mil discos na loja, entre CD e vinil, alguns deles raros, e idêntico número em armazém. São, na grande maioria, usados, até já descatalogados – algo que distingue a casa, no panorama conimbricense. Outra mais-valia é ser-se atendido por alguém realmente conhecedor da área, como sublinha Rui, que reabriu portas com algumas regras: só recebe dois clientes ao mesmo tempo, e com máscara.

Pintura ritmada
Atrás do balcão há uma pintura que remete para duas capas de discos: o primeiro de Elvis Presley, homónimo; e “London Calling”, dos The Clash. Foi feita por Nito, baterista da banda conimbricense d3ö, logo para a inauguração.

Rui Ferreira e a pintura do músico Nito, atrás do balcão.
Fotografia: Maria João Gala / Global Imagens

 


# TINTIM POR TINTIM

PORTO Livros, revistas e peças de coleção preenchem as prateleiras destas duas embaixadas da banda desenhada na cidade: a icónica livraria alfarrabista na rua da Conceição, e a sua irmã mais nova, que abriu no ano passado na rua de Santa Catarina. Texto de Ana Costa

A paixão pela banda desenhada, que começou ainda em criança com a revista Tintin, levou Alberto Gonçalves a fazer dos livros aos quadradinhos a sua vida. É ele o fundador da livraria alfarrabista Timtim por Timtim, que há mais de 15 anos atrai fãs e colecionadores à rua da Conceição. No ano passado, juntou mais uma morada, ao abrir uma nova livraria na rua de Santa Catarina. Essa tem de nome Tintim por Tintim. Escreve-se de forma diferente mas o sentido é o mesmo: «Como quem conta uma história detalhadamente», explica Alberto, e histórias para contar é o que não falta nas duas casas. Enquanto que na primeira livraria a oferta é bem mais variada, na loja mais recente o foco é, assumidamente, a banda desenhada franco-belga e em especial o universo de Tintim. Ali, as aventuras do icónico personagem de Hergé ganham vida em várias línguas, e nas prateleiras há ainda espaço para postais, puzzles, canecas, livros de colorir, t-shirts, posters, cadernos, sacos e outras peças de coleção oficiais. Nos próximos tempos, as livrarias vão funcionar em horário ligeiramente reduzido.

Tintin Surprise
Uma das novidades que as livrarias lançaram no início do ano é a Tintim Surprise, uma caixa ou saco recheada de produtos Tintim. Existem pacotes entre os 20 e os 75 euros, e ainda pacotes temáticos.

 


# GALERIA 9 SÉCULOS

GUIMARÃES É galeria de arte e loja de produtos de autor, dedicada em exclusivo ao que de melhor se faz em Portugal. Foi até buscar o nome e inspiração aos 9 séculos de história do país. Texto de Ana Costa

Há cinco anos, Pedro e Sofia decidiram abrir na cidade-berço um espaço que fosse uma ode a «tudo o que é português». Uma das paredes, comum aos três pisos do edifício, é parte da antiga muralha que circundava a vila medieval onde há 9 séculos se fundou a nacionalidade, o que inspirou o nome do espaço, ao mesmo tempo galeria de arte e loja de peças de autor.
Ali encontram-se peças de artesanato e design, pinturas de artistas nacionais e obras únicas da literatura portuguesa, como é o caso de várias edições especiais e primeiras edições. Mas também há espaço para sabonetes e chocolates, e até acessórios, com a premissa de ser tudo de produção nacional. Para chegar estão ainda algumas novas peças de oleiros e ceramistas, que entretanto viram os fornos comunitários encerrados durante o Estado de Emergência. A galeria 9 Séculos vai funcionar com horário reduzido nas próximas semanas, sempre com disponibilidade de marcação para outros horários, e limitando o acesso ao interior da loja a um máximo de três pessoas.

Galeria 9 séculos (Fotografia: Miguel Pereira/GI)

Exposição permanente
A exposição permanente da galeria inclui peças de alguns dos pintores portugueses mais conceituados, como Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny e José de Guimarães.

 

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