A história do bacalhau é contada (e homenageada) em Ílhavo e Lisboa

O Centro Interpretativo da História do Bacalhau é um dos mais recentes museus de Lisboa. (Fotografia: DR)
Um museu com mais de 80 anos, em Ílhavo, e um novo espaço rico em tecnologias, em Lisboa, são os espaços ideais para ficar a conhecer a história da pesca do bacalhau, desde a Idade Média até um olhar sobre o futuro.

Centro Interpretativo da História do Bacalhau (Lisboa)
É de uma mistura de tecnologia e arquivos históricos, instalações em grande escala, artefactos do Museu Marítimo de Ílhavo e testemunhos reais em vídeo que se faz a exposição imersiva do Centro Interpretativo da História do Bacalhau, aberto em junho no Torreão Nascente da Praça do Comércio. A “odisseia” dos portugueses na pesca do bacalhau iniciada no século XIV é contada desde a “Saga” que levava milhares de pescadores para as águas gélidas do Atlântico Norte até àquilo que é o Bacalhau 20.20, à luz do consumo sustentável, das alterações climáticas e da sua versatilidade gastronómica.

Pelo meio dos oito capítulos, distribuídos por dois pisos, recorda-se ainda como a “Frota Branca” de bacalhoeiros portugueses passou incólume às investidas submarinas dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial (fruto da neutralidade portuguesa no conflito) e “experimenta-se”, numa sala, o que seria manobrar um dóri, as pequenas embarcações de madeira onde os pescadores podiam estar até 12 horas à pesca do bacalhau à linha, à mercê das piores condições. A loja à saída tem uma zona de degustação de bacalhau (em parceria com o restaurante Terra Nova by Populi), uma mercearia e presentes temáticos. AR

 

Museu Marítimo de Ílhavo (Ílhavo)
No Museu Marítimo de Ílhavo – que se encontra encerrado para trabalhos de manutenção -, preserva-se a memória do trabalho no mar, em exposições permanentes, divididas por quatro salas. Contam-se a Sala da Ria, a Sala das Conchas e Algas, a Sala dos Mares, a Sala da Arte e Sala da Faina Maior/Cap. Francisco Marques. Nesta última é representada a Faina Maior, a pesca do bacalhau à linha praticada por homens e navios portugueses durante os séculos XIX e XX, e desde 2002, acolhe uma homenagem ao capitão Francisco Marques, último capitão do lugre Creoula e diretor do museu, entre 1991 e 2001.

O ambiente da sala é envolvente, e quase dá para sentir a experiência de uma viagem num veleiro ou num dóri. De destacar ainda o Aquário de bacalhaus, onde vivem cerca de 24 peixes, vindos da Noruega, Escócia e Islândia, e o Navio-Museu Santo André. Habitualmente ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, este exemplar da frota portuguesa de bacalhoeiros navegou o Atlântico Norte, no século XX, e é representativo das artes de pesca por arrasto. Atualmente, está a ser renovado para ganhar um percurso de visita mais apelativo. ALS

(Fotografia de Maria João Gala/DR)

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