O restaurante Pesca, do chef Diogo Noronha e integrado no portefólio do grupo de restauração português Plataform, não vai reabrir mais neste período pós-confinamento, anunciou o responsável de comunicação do espaço. “Lisboa perde o único restaurante de cozinha de autor exclusivamente dedicado à riqueza do Atlântico e da costa portuguesa”, lê-se.
O encerramento dá-se “devido ao período conturbado decorrente da pandemia” e numa altura de grandes “incertezas” relativamente “ao futuro próximo”. “O Pesca foi um desafio verdadeiramente enriquecedor, que acrescentou imenso valor à oferta gastronómica da cidade, reconhecida por clientes estrangeiros e portugueses”, admite Diogo Noronha em comunicado.
O chef Diogo Noronha. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
O chef tornou-se reconhecido pelo seu trabalho na área da sustentabilidade ao trabalhar com peixes e mariscos portugueses em respeito pelas devidas épocas. “Claro que é muito difícil pôr um ponto final num projeto com tanto potencial, mas a vida é feita de mudança. Saio com o sentimento de dever cumprido”, assegura Diogo Noronha, que, entretanto, já estará focado no desenvolvimento do seu primeiro livro, sobre as dietas do futuro.
A sala exterior do restaurante. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
“Eu e as incríveis equipas de profissionais que me acompanharam nesta aventura, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para fazer vingar o projeto. Infelizmente o mundo mudou e agora é hora de olhar para a frente e transformar os enormes desafios que o setor da restauração enfrenta em oportunidades”, refere Diogo Noronha, que promete revelar mais pormenores sobre os novos projetos em breve.
O restaurante foi premiado por dois anos consecutivos com a distinção “Prato Michelin” e ainda recentemente reconhecido pelo concurso Lisboa à Prova com a atribuição de 2 Garfos Superior. Leia aqui a entrevista a Rui Sanches, responsável máximo do grupo Plateform, no qual se incluía o restaurante Pesca, no Princípe Real, agora encerrado.
