Uma «fazenda» para dormir, comer e mergulhar no Algarve

Uma «fazenda» para dormir, comer e mergulhar no Algarve

O nome (Fazenda das Palmeiras, em bom português) é inusitado; os donos são belgas e afirmam que esta propriedade localizada na colina Cerro do Botelho, a poucos minutos de São Brás de Alportel, não é um turismo rural, mas sim um… bed & breakfast. Será este um alojamento destinado em exclusivo a forasteiros? De forma alguma. Por mais paradoxal que possa parecer este é um destino de eleição, uma espécie de segredo mal guardado para quem procura um Algarve autêntico, mais tradicional.

É claro que tem um toque e design contemporâneos – aquelas camas e espreguiçadeiras a fazer lembrar as ilhas gregas e uma piscina forrada com mosaico preto não remetem propriamente para o Portugal rural –, mas tudo feito de forma cirúgica, sem cair no exagero ou no excesso de… minimalismo. Cinco quartos com terraço privativo nos quais sobressaem o uso da pedra, a madeira, o branco e onde se respeita a essência e arquitetura de uma antiga quinta senhorial, com cerca de 200 anos.

E como é que Frank e Veronique chegaram até aqui? A história do costume. A viver em Antuérpia, onde trabalhavam na banca, perceberam que queriam mudar de vida (e mudar-se para Portugal) depois de umas férias na região. Não descansaram enquanto não encontraram a casa certa. Esta. Remodelaram-na por completo e transformaram-na num bed & breakfast – sim, eles dizem que é “apenas” um bed & breakfast – onde se tomam uns pequenos-almoços caseiros fantásticos integrados num Algarve que muitos portugueses nem sequer desconfiam que (ainda) existe. A praia? Está ali ao lado, a menos de meia hora de caminho.

Polvo com broa e batata a murro no restaurante Polvo & Companhia. (Fotografia de Diana Quintela/GI)


Comer no Polvo & Companhia (a menos de meia hora de distância do Farmhouse of the Palms)

Ir a Santa Luzia (no concelho de Tavira) e não comer polvo é como ir a Itália e não comer uma pizza. A auto-intitulada capital nacional do polvo está repleta de restaurantes que trabalham este prato, sobretudo a zona ribeirinha, a dois passos da ria Formosa. O Polvo & Companhia é um dos mais recentes, mas entrou diretamente para o topo da lista. O chef Almeida não tem problemas em abrir o livro. «O truque é congelar o polvo fresco durante uma semana, para lhe dar mais fibra e torná-lo menos esponjoso». Peixe apanhado na ria, é claro, e servido de várias formas: grelhado com broa de milho e batata a murro, com xerém, em risoto ou à maneira camponesa (no forno com batata e grelos), a escolha é múltipla.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo. Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

A pé entre o Porto e Santiago, com o mar no horizonte
Evasões 360: Viagem pela desconhecida ilha da Graciosa
Proença: redescobrir o Centro do país à mesa e nos montes




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend