Roupa, decoração e arquitetura: 5 novas lojas a visitar na Grande Lisboa

O Banema Studio combina design, decoração e materiais de construção num espaço em Campo de Ourique, Lisboa. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
De peças desenhados por Siza Vieira a peças de roupa vintage comprada a quilo, de tudo se encontra nestas lojas que honram o melhor do design, da decoração de interiores e da moda, adicionando-lhes um apurado bom gosto.

Flamingo’s Vintage Kilo

Moda vintage na balança

Quase como uma mercearia, também na Flamingo’s Vintage Kilo se vende moda feminina
e masculina ao peso, com peças vintage em segunda-mão, num modelo pouco explorado por cá mas
que tem tido adesão.

Aterrou em Lisboa em novembro do ano passado, mas a marca já existe há mais de uma década. O berço da Flamingo’s Vintage Kilo está em Barcelona mas a popularidade da estética da moda vintage e dos mercados em segunda-mão fez crescer o negócio, que já soma trinta lojas por Espanha, EUA e agora Portugal. Aqui, a balança é quem mais ordena, comprando-se vestuário masculino e feminino ao peso, com três valores ao quilo, 13, 24 e 39 euros, consoante os materiais de fabrico e importância das respetivas marcas.

“É como se fosse uma mercearia, mas com roupa”, explica Andreia Azevedo, gerente da loja que soma quatro sócios. A adesão tem sido notória. Só numa semana, chegam a receber na loja 600 a 700 quilos de roupa, dos casacos aos vestidos, camisas, coletes, macacões, chapéus, cintos e gravatas, em cabedal, ganga, nylon, seda ou linho. “Para além do vintage estar muito na moda, começa a haver uma maior consciência para a sustentabilidade e o estado do planeta”, acrescenta. Algumas das peças em segunda-mão, como a linha de casacos da própria Flamingo’s, são feitas a partir do reaproveitamento de outros artigos estragados. Nuno Cardoso


FV Concept Store

Roupa feminina para todas as ocasiões

É num palacete do século XIX, rodeado de frescos e tetos trabalhados, que assentou arraiais a FV Concept Store, com moda nacional e versátil, para festas, escritório ou para o dia-a-dia.

É numa das salas do palacete neoárabe Ribeiro da Cunha, do século XIX, que acolhe o espaço multicultural Embaixada, que Fernanda Velez, empresária e influenciadora, abriu a sua primeira loja, há dois meses. Num ambiente elegante, entre frescos, tetos trabalhados, cortinas de provadores em veludo e cabides em tons dourado que se vende roupa feminina de 12 marcas, todas nacionais à exceção de uma espanhola.

Com curadoria a cargo de Velez, a nova FV Concept Store é a “consequência natural” do seu percurso, primeiro com a criação do Blog da Carlota [nome da primeira filha], há quase uma década, e dos Mercaditos da Carlota, eventos onde mostra e vende as peças de roupa que elege. É formada em Comunicação Social, mas a paixão pela moda “vem desde sempre, muito fomentada pela mãe”, conta.

Neste novo espaço, há moda para todas as ocasiões. “Qualquer mulher se consegue arranjar aqui da cabeça aos pés, tanto para o dia-a-dia, como para o escritório ou uma festa”, explica Velez. Além de joalharia e calçado, os móveis que servem de apoio à loja, como sofás em veludo e candeeiros, também estão à venda. Nuno Cardoso


Banema Studio

Um laboratório de arquitetura e design

De um lado peças de decoração e estilo de vida. Do outro, materiais de construção. A arquitetura e o design fundem-se nesta nova concept store no bairro de Campo de Ourique.

O móvel verde desenhado pelo arquiteto Pedro Campos Costa estende-se da entrada ao fundo da loja e separa as ofertas da Banema Lab e da Banema Studio, ao mesmo tempo que lhes dá uniformidade. É sobre as prateleiras e tampos que se dispõem muitas das peças de design e de decoração de marcas portuguesas e internacionais, enquanto na outra parede longitudinal se expõem materiais para construção e mobiliário, como pedaços de pedra acrílica e ripas de pavimentos laminados.

Os dois universos são complementares na conceção de qualquer casa, escritório ou edifício público, como mostram os projetos no website da Banema, empresa com raízes no norte desde 1964 e loja no Porto há três anos. A curadoria do que ali se vende cabe a Dulce Neves, enquanto André Matos é o responsável da loja. Destaque para o porta-canetas e para uma delicada mesa de apoio desenhados por Souto Moura e para as cerâmicas da Ramos Cerâmica. Também há artigos da autoria de Siza Vieira. A loja vende, igualmente, peças utilitárias, aromas para a casa, produtos de bem-estar e livros sobre estilo de vida. Ao fundo, tem um showroom de iluminação e um espaço para as marcas darem formação a arquitetos, engenheiros e designers de interiores, qual laboratório criativo. André Rosa


L’ Élephant

O atelier que é quase uma casa

Neste estúdio de design e arquitetura de interiores as peças do dia a dia ganham funções decorativas e valoriza-se o que é português, do artesanato à produção.

O L’Élephant é uma loja de decoração e mobiliário apoiada num atelier de interiores e de arquitetura e esse é o trunfo que para Joana Correia, arquiteta e designer de interiores, faz toda a diferença face a outras lojas. Aqui percorrem-se as divisões de um autêntico apartamento de luxo, e só isso ajuda a visualizar de forma mais objetiva o potencial de cada peça decorativa e de mobiliário, desde uma cerâmica de Estremoz a um sofá, uma jarra ou um
candeeiro. E se o cliente gostar do modelo mas não do material, tudo pode ser personalizado.

Na equipa está também Álvaro Roquette, antiquário e “home dresser” a viver e trabalhar entre Paris e Lisboa, e que olha para cada objeto como uma história a descobrir. Na sala da “casa”, decorada com máscaras africanas e tapa-sexos do Senegal, observa-se um exemplo da tendência “étnico-chique”, que promove uma releitura dos objetos quotidianos com funções decorativas.

Nos bastidores da L’Élephant trabalha uma equipa de arquitetos, designers e decoradores encabeçada por Luís Araújo, engenheiro civil e arquiteto. É aí que os clientes são ouvidos e acompanhados para fazer nascer o projeto dos seus sonhos, que tanto pode ser um monte no Alentejo como um apartamento em Paris. André Rosa


A Meias

Na moda dos pés à cabeça

Braços de manequins a sair do teto e pernas nas paredes ajudam a vender meias e acessórios de moda para todos os públicos e ocasiões nesta loja em plena baixa comercial da cidade.

Meias, collants, echarpes, cachecóis, luvas, cintos, carteiras e chapéus, encontra-se de tudo um pouco à venda na loja A Meias, quase a fazer um ano de portas abertas na principal rua de comércio da Baixa setubalense. O projeto é de Susana Jones e Margarida Lança, duas sócias e amigas que consideraram que fazia falta uma loja de meias na baixa com uma apresentação contemporânea e oferta de qualidade. Associaram-se ao criativo João Maria, e assim nasceram os braços de manequins de madeira e as pernas a sair da parede, duas formas originais de expôr as meias e restantes peças.

“Temos meias para todas as idades”, dos tamanhos 0 ao 46, explica Margarida Lança, destacando a montra e o expositor da marca sueca Happy Socks, conhecida pelas meias de padrões divertidos. A restante oferta (não só de meias) divulga marcas nacionais sempre que possível – como os chapéus para homem e mulher da Galgo – e as criações de talentos locais onde entram peças da chamada “slow fashion”, feitas de materiais orgânicos e tamanhos únicos. A própria lojista também vende ali bijuteria de autor à base de metais, pérolas e resina, que começou a fazer há oito anos. André Rosa

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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