Porto: na Araucana há roupa de materiais naturais e comércio justo

Loja de roupa Araucana, no Porto (Pedro Granadeiro/Global Imagens )
Peças de roupa elegantes e intemporais, produzidas de forma sustentável, por marcas com preocupações de comércio justo, preenchem a Araucana, uma loja que abriu recentemente na Rua dos Caldeireiros, no Porto.

O pequeno espaço, de ambiente despojado, foi o lugar escolhido por Alexandra Alves para dar casa ao seu projeto, cujo nome se inspira no poema Cien Sonetos de Amor, de Pablo Neruda. “Talvez tu não saibas, araucana,/que quando, antes de te amar, me esqueci dos teus beijos/meu coração ficou recordando tua boca (…)” foi a passagem do poema que inspirou Alexandra. “O requinte numa mulher é aquele que se vê num segundo olhar”, declara.

Graças a esta convicção as peças escolhidas para a sua loja não têm cores cores berrantes ou padrões chamativos. Foi antes dado privilégio à qualidade da confeção, aos tons neutros e aos materiais naturais, que dão forma a vestidos, saias, blusas e roupa de praia.

À Thaikila – a insígnia de biquínis e fatos de banho feitos a partir de garrafas de plástico recicladas, que Alexandra conheceu numa viagem à ilha indonésia de Bali, e que acabou por inspirar todo o projeto -, juntam-se marcas como a Muta, Pé de Chumbo, Wheat and Rose e Sensify. São todas produzidas em Portugal, em pequenas quantidades, com recurso a materiais naturais como o algodão, o bambu, a seda e o linho.

Também presente na loja está a marca dinamarquesa Laila, a espanhola Shopyte – que planta uma árvore por cada peça vendida, através da organização OneTreePlanted -, a indiana Payal Khandwala e a colombiana Carolina Ronderos, cuja produção manual de algumas peças é garantida por artesãos locais, comunidades indígenas e reclusos colombianos.

A promoção da sustentabilidade faz-se mais além das marcas expostas. A Araucana apresenta também um atelier de upcycling, onde a designer Ana Andergassen dá nova vida a peças de roupa desatualizadas ou pouco usado, como os vestidos de cerimónia. Porque não há nada mais sustentável do que usar aquilo que já temos.

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