«É a nossa pérola branca, joia brasileira, extraída da goma da nossa grande raiz, a mandioca», escreve a chef Morena Leite no seu mais recente livro «Tapioca – História e Receitas». O nome pode ser usado para descrever tanto a fécula proveniente da mandioca como o petisco feito a partir desta e que, visualmente, se assemelha a uma espécie de crepe, crocante, de sabor neutro e textura granular.
O processo de extração da farinha envolve amassar e prensar a polpa do tubérculo. Daí resulta um líquido que depois de seco dá lugar a um pó fino e branco, a fécula. Esta farinha é então polvilhada numa frigideira quente e os grãos, ao aglutinarem-se, formam o crepe de tapioca que depois pode ser recheado com combinações ao gosto de cada um. A receita é originária da região norte e nordeste do Brasil, desenvolvida pelos índios tupi, que a usavam para envolver carnes e fruta.
Por altura da chegada dos portugueses àquele território, no século XVI, já a mandioca era a base da alimentação nessas latitudes, mas foi, curiosamente, uma criação portuguesa que levou à expansão do consumo de tapioca por todo o país. A primeira Casa de Farinha, onde era produzida farinha de mandioca, foi criada pelos colonizadores na Ilha de Itamaracá, nos arredores da cidade de Olinda, ainda no século XVI. Desde aí, o «pão indígena», também conhecido como beiju, passou a ser um dos pratos mais típicos do Brasil e ainda hoje pode ser encontrado em qualquer recanto, seja em carrinhas de comida de rua ou restaurantes de topo.
Percorra a fotogaleria acima para conhecer 4 sítios em Lisboa onde pode comer tapiocas.
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