João Lopes já domina bem a técnica. Com uma faca numa mão e a outra mão a segurar a casca, separa a «tampa» da ostra numa das pontas e corta o músculo adutor com um gesto firme. Destapada, a ostra é escorrida, limpa e colocada sobre sal, num prato, com um gomo de lima. Está pronta a comer.
O setubalense de 23 anos, estudante de mestrado em Engenharia e Materiais na FCT, não tem tido mãos a medir desde que voltou a estacionar a rulote do Ostras sobre Rodas na Praia da Saúde, no início de março. As expetativas para o verão são as melhores, a avaliar pelo que sucesso que fez quando começou em agosto passado. Em dias bons chega a vender vinte quilos.
As ostras, da espécie giga, chegam de dois produtores do estuário do Sado com 24 horas de depuração e João abre-as «frescas e vivas» à frente dos clientes. O menu de degustação com três unidades e um copo de vinho (tinto, branco ou rosé) é o ideal para começar. De qualquer modo, quem não está familiarizado com o sabor pode temperar as ostras com lima, vinagrete ou tabasco e pedir uma tábua de queijos e pão para aconchegar o estômago. Quem leva a ocasião mais a sério costuma pedir espumante a copo e em garrafa e brindar na pequena esplanada, à beira-rio. A rulote autossustentável, equipada com painéis solares e um escorredor de loiça ao sol, é outro dos bons motivos para o fazer.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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