Santa Maria da Feira: Super-heróis e princesas levam comida a casa e cumprem desejos

Restaurante Praceta (Fotografia: André Gouveia/GI)
O serviço de entregas deste restaurante no centro histórico de Santa Maria da Feira faz-se pelas mãos do super-heróis ou personagens encantadas. A ideia é criar alguma magia no confinamento.

Miguel Bernardes, dono do restaurante Praceta, acredita que as histórias têm um final feliz, que é sempre possível colecionar sorrisos, independentemente das circunstâncias, e que há desejos que têm de ser cumpridos. É tudo isto que o move. Manteve o seu espaço aberto com as devidas restrições, a funcionar em take-away e entregas ao domicílio, adaptou a carta, e criou uma lista de desejos com comida entregue por princesas e super-heróis vestidos a preceito. E sem custos adicionais. As únicas parcelas a somar são as dos pratos encomendados.

A ideia estava lá, só precisava ser aplicada neste contexto. Durante o Perlim, parque temático dedicado ao Natal que acontece em dezembro na Quinta do Castelo da Feira, Miguel Bernardes animava o restaurante e as refeições com a equipa vestida de figuras saídas da banda desenhada e de histórias de encantar. No ano passado, não houve Perlim e como agora as medidas impostas pela pandemia não permitem ter os restaurantes abertos como antes, o dono do Praceta decidiu manter o espírito no regime de entregas a casa. “Queremos alegrar o dia, um momento, proporcionar uma experiência especial”, explica. O aniversário de uma criança, uma celebração familiar, uma ocasião diferente. Basta pedir para que heróis e princesas se façam à estrada.

 

 

A lista é bem composta. Rapunzel, Batman, Spiderman, a Minie e o Mickey, a Branca de Neve, o Woody do Toy Story, o Panda, piratas também, e ainda a Bela e o Monstro (o Monstro é Miguel Bernardes, a Bela é a mulher) com oferta de uma rosa vermelha. Às terças e quartas-feiras ao jantar, de quinta a domingo aos almoços e jantares.

No Praceta, não há menus do dia definidos. “A nossa comida não está feita”, diz Miguel Bernardes. A escolha é feita à carta, os produtos e ingredientes estão a postos, a estrutura está montada, a máquina oleada. “O pedido chega e em 20 minutos conseguimos terminar o prato”. A capacidade de resposta faz diferença. Trabalha-se pedido a pedido, à base de assados e grelhados, nada de fritos. Com entradas, diversas pastas com camarão picante ou gratinado, carbonara e lasanha, 18 pizas.

 

 

Do mar, serve-se camarão, sapateira, bacalhau com broa e bacalhau em papelote com molho de maionese e queijo. Da terra, bifes de diversas formas, vitela de comer à colher em forno a lenha, cabritinho em lenha também, arroz de pato se estiver disponível. Nas sobremesas, há mousse de chocolate e de frutos silvestres, tiramisu, profiteroles, panna cotta de frutos do bosque, entre outras doçarias. “Dividimos a comida como se fosse um jantar gourmet. Os clientes abrem e está bonito.”

Com a pandemia, levantam-se os braços, aprendem-se outros métodos, maneiras de levar comida a casa. “Estamos sempre a pensar no que podemos fazer melhor, fazer bem e melhor, e dar o mesmo sem ser mais caro.” O restaurante começou com três pratos, os mais fáceis mediante as condições, foi testando e vendo o que chegava bem a casa, recompôs a carta, aumentou a oferta. E se há pedidos especiais, os desejos são cumpridos. Miguel Bernardes sabe o que faz. Se lhe pedem magia, é magia que tenta criar.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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