Polvo com molho verde, bacalhau com puré de batata e chalotas doces, gambas grelhadas, rojões com castanhas e as afamadas amêijoas à Bolhão Pato são alguns dos petiscos que fazem entrar e sentar nos bancos em madeira, à volta das mesas da Casinha.
A da Baixa pois claro, que quem até ao fim de maio passeava pelo Cais da Ribeira encontrava estas mesmas especialidades na Casinha São João, primeira de seu nome, mas que o fim do contrato de arrendamento levou a procurar morada noutro lado. «Continua a ser a nossa casinha», garante André Silva, que ao lado da irmã e do cunhado comanda as operações do negócio, «só acrescentamos mais alguns pratos», nota.
Sob o teto adornado com vigas de madeira em forma de telhado – imagem de marca da Casinha -, e entre as paredes laterais forradas de plantas verdejantes, «como se fosse um pequeno jardim», nota André, comem-se também petiscos com sabores e inspirações de outros lugares. Saem da cozinha ovos rotos, bruschetta com cogumelos e mozarella, uma outra com vegetais e atum, ou até com ovos dobrados, espinafres e queijo manchego, em cima de pão alentejano. «Quisemos ir buscar um bocadinho de tudo, porque também gostamos de experimentar coisas diferentes», explica André. «São tapas, mas generosas», nota. Facto comprovado à chegada de cada prato à mesa.
A carta fica completa com as saladas, tábuas de queijos e enchidos. Os indispensáveis pimentos de Padrón, peixinhos da horta e tofu panado com sementes de sésamo incluem-se nas sugestões vegetarianas do menu, que não dispensa ainda a feijoada à moda do Porto, as tripas ou o pica-pau.
Confortavelmente sentado, de pés postos sobre um belo mural de azulejos que cobre o chão, resta completar a refeição pegando e abrindo um dos livros ou enciclopédias que pousam nas prateleiras, com vontade de ler, que aqui o tempo passa ao mesmo passo que em casa.
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