Depois de em 2014 ter aberto na baixa portuense o Cantinho do Avillez, o chef aumenta a sua presença na Invicta com o seu Mini Bar, o restaurante/bar onde a experimentação é regra e o inusitado acontece. O restaurante divide-se em duas salas – rés-do-chão e cave – decoradas com veludos e néons vermelhos, a fazer lembrar uma sala de espetáculos. De referir que em Lisboa, o Mini Bar fica mesmo ao lado do Teatro São Luiz, o que influenciou o seu conceito. Aqui, a ideia de teatralidade mantém-se.
Além da decoração, a carta remete para fingimentos e simulações. «Nem tudo é o que parece» é o mote. Assim, come-se «frango assado», que não é frango assado, ou uma azeitona que não é bem uma azeitona. A ideia foi criar um local noturno onde os clientes pudessem fazer uma «viagem pela degustação», como momentos inesperados.
No Mini Bar «engana-se os sentidos, brinca-se com texturas, com sabores», diz Gonçalo Henriques, responsável pelo espaço. Entre outros exemplos, destaque-se o chartreuse de vitela branca e foie gras com tripas à nossa moda e trufa, um dos três pratos que estão disponíveis apenas na Invicta. «É uma prato mais tradicional do Porto, mas aqui não o fazemos de forma tradicional, é à nossa moda», explica.
Criações emblemáticos do chef, como o ferrero rocher, que em tudo de parece com o bombom, menos no sabor, que é salgado, também fazem parte das propostas da carta. Esta, está dividida em «cinco atos»: mini cocktails de trincar, mini petiscos, mini entradas, mini pratos de peixe e mini pratos de carne – mais um «ato isolado», feito de pratos mais substanciais, um bife à teatro (25 euros) e um Big Jaburguer DOP (18,5 euros).
Além das tripas, os pratos que não coincidem com a carta da capital são o sabutini com azeitona explosiva e o fish & chips, com iogurte de kimchie. Os cocktails de autor são outra das apostas da casa. Há com e sem álcool. Quem quiser pode apenas ir beber um copo, entre vinhos, cervejas ou cocktails de autor, como Don Giovanni, com whisky, aperol e toranja (entre outra coisas) ou o Gaiato, de gin coentros, gengibre e limão.
Para quem gosta de se deixar nas mãos do chef, existem dois menus de degustação, o «Épico» (55 euros) e «Em Cartaz» (45 euros), uma viagem guiada que pode ainda ser complementada com harmonização de bebidas. Porque o encenador desta peça sabe o que faz.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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