Quem passa pela rua dos Bragas dificilmente adivinha que para lá da porta 282, depois do corredor de mesas voltadas para o balcão, se abre uma amplo restaurante, que se estende ainda a uma esplanada e terraço escondidos nas traseiras. É caso para dizer que ali cabe toda a gente, e por isso, é boa notícia que as opções da carta também sejam bastante ecléticas.
Depois do longo corredor abre-se uma grande sala de jantar. (Fotografia: Artur Machado/GI)
«Quebrar o paradigma de que não se consegue agradar a toda a gente» é a missão do Du Portto, um projeto de dois casais amigos – Henrique e Andresa Almeida e André e Margarethe Camacho – que se juntaram para dar vida a um sonho antigo. «Todos temos gostos diferentes e queríamos ter um restaurante que desse resposta a isso mesmo, com qualidade no atendimento e boa comida», explica Andresa.
A ementa, de base internacional, é assinada pela chef Laura Santos – que acumula experiência noutras cozinhas de referência, como o The Yeatman e a Sushiaria -, mas reflete as preferências pessoais de cada um dos sócios. Por isso, aos hambúrgueres americanos juntam-se pratos da cozinha tradicional portuguesa, como o polvo à Lagareiro, massas e risotos italianos.
Há ainda lugar reservado para a moqueca, picanha e coxinha de frango, a denunciar a costela brasileira dos proprietários – à exceção de André, que é natural da Madeira -, e até pratos orientais como o salmão teriyaki, ou o yakisoba. Em homenagem à cidade decidiram criar uma sobremesa que casa a tradicional pannacotta italiana com vinho do porto e pera bêbada, e já se tornou uma das favoritas.
A grande sala que se descobre ao avançar pelo restaurante foi decorada ao pormenor, com mesas que acolhem tanto casais como grandes famílias, e pequenos detalhes ao critério de Andresa e Margarethe, que ali quiseram criar um ambiente acolhedor. Um cantinho ao fundo faz até lembrar uma sala de estar, com sofás e uma estante com livros. «É o sítio ideal para beber um chá ou até um cocktail no final da refeição», sugere Andresa. Cocktails, há-os com ou sem álcool, note-se. Para agradar a todos.
Vinhos nacionais
Para acompanhar a refeição os quatro amigos apostaram numa vasta lista de vinhos – todos nacionais -, com mais de uma centena de referências, predominantemente do Douro e Alentejo.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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