Restaurante clássico de Braga acaba de renascer

A nova cara do Ignácio mantém a origem. A nova carta, a qualidade. Paula Peliteiro é quem segura o avental e arregaça as mangas, trazendo para o século XXI este restaurante que abriu em 1934.

O Campo das Hortas, zona da restauração de Braga, tem um novo inquilino. Aliás, «novo»: o Ignácio, fundado em 1934 e entretanto encerrado, reabriu em junho. As salas, porém, são as mesmas. Os azulejos, pintados à mão, o teto e a tijoleira – ainda original –, foram imaculadamente conservados e mantidos. Novas mesas, cadeiras, um jardim vertical e paredes em tons de verde dão um novo ar ao restaurante. O ambiente mantém-se familiar e acolhedor, com ambas as salas a meia-luz. Na carta, alguns pratos diferentes, que prometem surpreender os palatos mais tradicionais.

Paula Peliteiro é licenciada em artes gráficas. Hoje, a sua arte revela-se na cozinha. Já com uma casa em Esposende a seu cargo, a chef decidiu aceitar mais este desafio e dar nova vida ao Ignácio: «É uma grande responsabilidade. É um restaurante com muita história e eu queria adaptá-lo aos dias de hoje, sem lhe tirar a essência».

Prova disso é o forno a lenha, que se acende todos os dias às oito da manhã e de onde saem quase todos os pratos, seja o bacalhau à Braga, o cabrito assado ou, de inverno, os rojões. O arroz de cabidela e o cozido à portuguesa, embora não figurem na carta, também são pedidos. Todos com um «pequeno apontamento contemporâneo». Mistura especiarias, inspiradas na História de Portugal, inventa empratamentos e reinventa pratos tradicionais. Paula chama-lhe «cozinha portuguesa global». «A gastronomia portuguesa é muito boa e merece investimento. Também comemos com os olhos», acredita.

Para quem quer fugir do tradicional, as massas frescas, o ossobuco de vitela e o polvo no forno com batata recheada e puré de ervilhas e gambas são as sugestões. Nas sobremesas, há pudim abade de Priscos, pão-de-ló e toucinho do céu, sempre em doses generosas.

O próximo mês traz já novidades. Na sala das traseiras do Ignácio vai nascer uma «tasquinha», revela Paula. Este novo espaço, pensado para servir petiscos e bebidas a quem quiser fazer uma paragem, no fim do trabalho, antes de ir para casa, vai ter também esplanada. Mesmo com uma nova cara, o Ignácio mantém a identidade. O restaurante bem pode estar mais moderno, e com uma carta renovada, mas continuam lá os pratos que sempre o caracterizaram. E o conforto de estômago.

Mesa familiar

Na segunda sala, uma imponente mesa de madeira oval ganha destaque. «Comprei-a num antiquário, a pensar nas famílias de Braga», diz Paula Peliteiro. «Quero que as pessoas se sintam em casa, confortáveis, e quero que as famílias venham cá juntas.»

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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