Ricardo Costa, chef do The Yeatman, tem vivido nos últimos anos com a «adrenalina da pressão Michelin», como o próprio admite. «Eu cheguei à Casa da Calçada em 2006. O restaurante tinha estrela e perdeu-a», conta. Em 2008, conseguiu conquistá-la. Apesar da pressão que provoca, a estrela Michelin é boa para «trabalhar, criar, aguentar o dia a dia que é muito duro», diz. No Yeatman, onde está desde a sua abertura, em 2010, conseguiu uma estrela em 2011 e duas em 2016.
Ao longo do ano «trabalhamos para estar num nível superior. Temos de ter um trabalho de sala e de cozinha de excelência», explica. O chef trabalha para que «o prato seja perfeito», e só se consegue chegar a este ponto com uma equipa experiente e com vários eventos, como jantares vínicos e outros, onde Ricardo vai «experimentando pratos». Quanto à cozinha, «mantemos a mesma lógica – muito inspirada na comida tradicional portuguesa com as técnicas atuais».
Isto porque o restaurante, que pertence ao Hotel The Yeatman, trabalha para um cliente específico que quer vir a Portugal conhecer o que o país tem para oferecer. «Tentamos ensinar a nossa gastronomia, os nossos vinhos, a nossa identidade, e isso traduz-se nos menus. Fazemos uma cozinha genuína, e eu não me inibo tanto de fazer o que quero. A maturidade que fomos adquirindo dá-me liberdade de criar, com os pés na terra. Sinto-me muito bem por saber que faço coisas genuínas». Mesmo baseadas na tradição, «não são cópias nem réplicas».
De momento, estão a preparar-se para o próximo ano: a renovar as louças, os talheres, a trabalhar as equipas e os menus. As novas propostas entram em fevereiro depois de um mês de encerramento em janeiro.
Longitude : -8.61300929999993
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