Como surgiu a ideia para este livro?
A ideia do livro surgiu por ouvir comentários de leitores, e de vegetarianos, sobre a dificuldade que existe relativamente a que pratos e sobremesas preparar em momentos de festa, como o Natal e a Páscoa.
E o que são receitas de festa vegetarianas?
Algumas adaptações de pratos e sobremesas tradicionais, que são esperadas numa mesa de festa, como é o caso das azevias, do bolo-rainha e do tronco de Natal. Quanto a pratos principais, pode encontrar-se o assado especial de tofu e o rolo de seitan recheado, assado no forno. Para jantares de verão mais ligeiros há gaspacho, pastas de tremoço e feijão, e salgadinhos como chamuças e rissóis.
Experimentou algum ingrediente novo?
Usei ingredientes que ainda não tinha explorado, como é o caso do tremoço e da bolota. Tenho receitas com bolota, em sopas, almôndegas, e sobremesas. Já o tremoço aparece no rolo folhado de tremoço e em mini-quiches. Tive gosto em usar esses ingredientes. Eram comuns há centenas de anos entre a população do Mediterrâneo mas caíram quase em desuso. Houve um esforço em recuperá-los por serem típicos do nosso país, valiosos nutricionalmente, e bons em culinária por tornarem as receitas interessantes no sabor e na textura.
O tema festas fazia falta nos livros de cozinha vegetariana?
O universo da culinária vegetariana é quase inesgotável. Uma característica que destaco nela é a vontade de utilizar ingredientes comuns e de os transformar em algo atrativo. Os produtos que se têm na despensa podem ser usados num banquete vegetariano atrativo e saboroso, com algum jeito na cozinha e sem gastar muito dinheiro.
O que recomendaria para um banquete de santos populares?
Algo para comer à mão, como o seitan de cebolada no pão, que é uma espécie de bifana, cogumelos à Bolhão Pato, salgadinhos e a bôla rústica. Para as crianças, as mini-pizas.
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