Comida sazonal e vegetariana em Leça da Palmeira

No recém-inaugurado Fava Tonka não se recriam pratos vegetarianos. Privilegia-se, antes, o que é sazonal e local para construir receitas novas e saborosas.

É com excitação que o chef Nuno Castro fala daquilo que se propõe fazer no restaurante Fava Tonka, o quarto projeto de Ricardo Rodrigues, que abriu o Terminal 4450, Esquina do Avesso e Sushiaria. Afinal, segundo as suas palavras de ambos, este é um conceito inovador no panorama vegetariano do Grande Porto. A ideia aqui, roubada à Esquina do Avesso, que fica ao lado, é pedir vários pratos (há-os ovolactovegetarianos, veganos e sem glúten) para se dividir entre duas ou mais pessoas.

Na cozinha, o chef explora os ingredientes da época – na sua grande parte, biológicos – e com a adição de uma grande dose de criatividade, faz receitas que são uma lufada de ar fresco para vegetarianos, veganos e não só. Dito isto, passando-se os olhos pela carta, não se encontrarão receitas adaptadas da cozinha tradicional portuguesa, mas sim pratos onde os legumes, os vegetais e a fruta brilham. Falamos, por exemplo, de uma das sobremesas, o brulée de mel, pólen e alfazema, onde a doçura do mel, a par do sabor floral da planta, que surge em gelado, resultam numa combinação inesperada mas muito feliz, da qual Nuno se lembrou quando reparou nas abelhas que pairavam sobre a sua alfazema.

Além de quase tudo o que chega ao Fava Tonka ser português – uma das exceções é o queijo stilton – é, muitas vezes, de pequenos produtores locais, como o acontece com o azeite de Vila Real, o pão artesanal amassado em Matosinhos, o café Flor da Selva torrado a lenha em Lisboa, e os vinhos, todos naturais e biodinâmicos.

Às bebidas juntam-se a sangria e as infusões. Outros produtos são mesmo feitos na casa, como a kombucha e alguns queijos.

E se os sabores são um festim para o paladar, o empratamento, feito em louça da Cerâmica Artística do Vale do Neiva, e a decoração são-no para olhos. Destaca-se o prato alface, mini legumes e cebola assada, que chega à mesa dividido num vaso com uma alface plantada e ao lado um “jardim” colorido. Tudo foi pensado ao detalhe neste lugar, que se desenvolveu à volta de uma parte de um grosso tronco de eucalipto que teve de ser cortado na Trofa por estar a levantar o piso. Ricardo aproveitou parte dele e agora é uma das zonas mais marcantes do restaurante, onde abunda a madeira, a luz e plantas naturais, numa tentativa de ser regressar às raízes.

MENUS
As criações do chef Nuno Castro são sempre diferentes ao almoço, integradas no menu executivo, que fica por 10 euros. A sobremesa vale mais 2,5 euros. Para breve estão os menus de degustação.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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